Aplicabilidade das variações respiratórias do volume sistólico e seus substitutos para predição da responsividade dinâmica a fluidos em pacientes críticos: uma revisão sistemática sobre a prevalência das condições requeridas
Applicability of respiratory variations in stroke volume and its surrogates for dynamic fluid responsiveness prediction in critically ill patients: a systematic review of the prevalence of required conditions

Rev. bras. ter. intensiva; 29 (1), 2017
Publication year: 2017

RESUMO Objetivo:

Avaliar os dados publicados em relação à prevalência das condições requeridas para avaliação apropriada em pacientes críticos.

Métodos:

Foram realizadas buscas nas bases de dados MEDLINE, Scopus e Web of Science para identificar estudos que discutiam a prevalência de condições validadas para avaliação da responsividade a fluidos com uso de variações respiratórias do volume sistólico ou algum outro substituto em pacientes críticos adultos. O desfecho primário foi a prevalência de adequação para avaliação da responsividade. O objetivo secundário foi o tipo e a prevalência de pré-requisitos avaliados para definir a adequação.

Resultados:

Incluíram-se cinco estudos (14.804 pacientes). Observaram-se elevadas heterogeneidades do ponto de vista clínico e estatístico (I2 = 98,6%), o que impediu o agrupamento dos resultados em uma conclusão sumarizada significativa. A limitação mais frequentemente identificada foi a ausência de ventilação mecânica invasiva com volume corrente ≥ 8mL/kg. A adequação final para avaliação da responsividade a fluidos foi baixa (em quatro estudos, variou entre 1,9 e 8,3% e, em um estudo, foi de 42,4%).

Conclusão:

A aplicabilidade na prática diária de índices dinâmicos de responsividade da pré-carga que demandam interações cardiopulmonares pode ser limitada.

ABSTRACT Objective:

The present systematic review searched for published data on the prevalence of required conditions for proper assessment in critically ill patients.

Methods:

The Medline, Scopus and Web of Science databases were searched to identify studies that evaluated the prevalence of validated conditions for the fluid responsiveness assessment using respiratory variations in the stroke volume or another surrogate in adult critically ill patients. The primary outcome was the suitability of the fluid responsiveness evaluation. The secondary objectives were the type and prevalence of pre-requisites evaluated to define the suitability.

Results:

Five studies were included (14,804 patients). High clinical and statistical heterogeneity was observed (I2 = 98.6%), which prevented us from pooling the results into a meaningful summary conclusion. The most frequent limitation identified is the absence of invasive mechanical ventilation with a tidal volume ≥ 8mL/kg. The final suitability for the fluid responsiveness assessment was low (in four studies, it varied between 1.9 to 8.3%, in one study, it was 42.4%).

Conclusion:

Applicability of the dynamic indices of preload responsiveness requiring heart-lung interactions might be limited in daily practice.

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