Rev. Nutr. (Online); 30 (1), 2017
Publication year: 2017
ABSTRACT Objective:
To investigate the impact of excessive maternal weight on the early discontinuation of exclusive breastfeeding Methods: This is a longitudinal study including mother-infant dyads of low socioeconomic status receiving prenatal care in Health Care Centers in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. A structured questionnaire was administered to women in the last trimester of pregnancy, including weight measurements. Another interview was conducted six months after delivery, and data on infant feeding practices were collected and maternal height was measured. Maternal nutritional status was assessed using body mass index values according to gestational age. Discontinuation of exclusive breastfeeding before 4 months was considered a low duration rate Results:
A total of 619 mother-infant dyads were evaluated. The prevalence of maternal overweight in the third trimester of pregnancy was 51%. The median duration of exclusive breastfeeding was 2.0 months. After adjustment for possible confounding factors, no association between maternal overweight and early discontinuation of exclusive breastfeeding was identified. Maternal smoking was identified as a risk factor (1.23, 95%CI=1.13-1.35) for early discontinuation of exclusive breastfeeding Conclusion: Excessive maternal weight was not confirmed as a risk factor for early discontinuation of exclusive breastfeeding. However, women who reported being smokers had a higher risk of early discontinuation of exclusive breastfeeding than those who did not smoke. This indicates the need for public health interventions to promote smoking cessation during pregnancy and in the postpartum period because of the deleterious effects of this habit on maternal and infant health.
RESUMO Objetivo:
Investigar o impacto do excesso de peso gestacional na interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Métodos:
Estudo longitudinal com binômios mãe-filho de baixo nível socioeconômico atendidos em Unidades de Saúde de Porto Alegre, Brasil. Foi aplicado questionário estruturado às mulheres no último trimestre de gestação com mensuração de peso. Seis meses após o parto ocorreu nova entrevista onde foram obtidos dados sobre prática alimentar da criança e a altura materna foi mensurada. O estado nutricional gestacional foi avaliado por meio do índice de massa corporal de acordo com a idade gestacional. Foi considerada interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo a interrupção anterior aos 4 meses de vida da criança. Resultados:
Analisaram-se 619 binômios mãe-filho. A prevalência de excesso de peso no terceiro trimestre de gestação foi de 51%. A duração mediana do aleitamento materno exclusivo foi de 2,0 meses. Após análise ajustada, não foi identificado efeito do excesso de peso gestacional na interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Em contrapartida, o tabagismo materno foi identificado como fator de risco (1,23, IC95%=1,13-1,35) para interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Conclusão:
O excesso de peso materno não confirmou-se como fator de risco para interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Contudo, as mulheres que se declararam fumantes apresentaram maior risco de interromper a prática do que aquelas que não fumavam. Isso reforça a necessidade de ações de saúde pública as quais promovam a cessação do tabagismo no período gestacional e no puerpério em virtude das consequências deletérias deste hábito à saúde materno-infantil.