Dietary patterns and significance of nutrition for women with low-risk pregnancy
Padrões alimentares e significados da alimentação de gestantes de baixo risco

Rev. Nutr. (Online); 30 (2), 2017
Publication year: 2017

ABSTRACT Objective:

To evaluate dietary patterns and significance of diet for pregnant women.

Methods:

Cross-sectional study carried out in eight health units in Fortaleza, Ceará, Brazil, with 201 pregnant women.

The following instruments were used:

a socio-economic and health questionnaire, the Free-Word Association Test, and a Food Frequency Questionnaire. Dietary patterns were identified using principal components and factor analysis. Poisson regression with 5% significance level was used.

Results:

Three dietary patterns were identified: current Brazilian pattern (beans, rice, processed meats, fats, refined grains, pasta and pastries, soft drink, sugar and sweets, cookies and crackers); healthy pattern (fruits and fruit juices, vegetables, whole grains, seafood, dairy products); and energy-rich pattern (salty deep-fried snacks, popcorn, packaged snacks, instant noodles, tubers, and chicken). Women who did not receive nutrition guidance during prenatal care showed less chance of adherence to the current Brazilian dietary pattern (PR=0.87), and therefore their level of consumption of foods commonly present in Brazilian diets was low. For most women, the significance of diet was reported as important and healthy, but it was not associated with any of the diet patterns identified. However, the women who did not consider that during pregnancy diet should be healthy showed greater chance of adherence to the energy-rich pattern (PR=1.18). This finding deserves special attention since excessive weight gain can have a negative effect on pregnancy.

Conclusion:

Nutrition guidance during prenatal care and the way pregnant women perceive their eating habits can influence their food choices during pregnancy.

RESUMO Objetivo:

Avaliar o padrão alimentar e os significados que a alimentação tem para gestantes.

Métodos:

Estudo transversal em oito unidades de saúde de Fortaleza, Ceará, com 201 gestantes. Utilizou-se questionário socioeconômico e de saúde, Teste de Associação Livre de Palavras e Questionário de Frequência Alimentar. Os padrões alimentares foram identificados pelo método de análise fatorial por componentes principais. Utilizou--se a regressão de Poisson, adotando-se nível de significância de 5%.

Resultados:

Três padrões alimentares foram identificados: brasileiro atual (feijão, arroz, carnes processadas, gorduras, pães refinados, massas, refrigerante, açúcares e doces, biscoitos), saudável (frutas e sucos de frutas, vegetais, cereais integrais, frutos do mar, laticínios) e denso em energia (salgados, pipoca, salgadinho, macarrão instantâneo, tubérculos e frango). As mulheres que não receberam orientação sobre alimentação no pré-natal mostraram menor chance de aderir ao padrão brasileiro atual (RP=0.87), o que fez com que alimentos típicos da dieta do brasileiro fossem pouco consumidos entre elas. Para a maioria das mulheres, o significado da alimentação foi ser importante e saudável, porém representar esses significados não mostrou associação com nenhum dos padrões alimentares identificados. No entanto, aquelas que não perceberam a alimentação como algo que deve ser saudável apresentaram maior chance de adesão ao padrão denso em energia (RP=1.18), padrão que deve ser visto com cuidado, pois o ganho de peso excessivo pode repercutir negativamente na gravidez.

Conclusão:

As orientações alimentares no pré-natal e o modo como as gestantes percebem sua alimentação podem influenciar nas escolhas alimentares na gravidez.

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