Säo Paulo med. j; 135 (1), 2017
Publication year: 2017
ABSTRACT CONTEXT AND OBJECTIVE:
The association of serum triglycerides plus waist circumference seems to be a good marker of cardiovascular risk and has been named the “hypertriglyceridemic waist” phenotype. The aim of our study was to investigate the association between the hypertriglyceridemic waist phenotype and HDL-cholesterol among patients with heart failure. DESIGN AND SETTING:
Cross-sectional study in a tertiary-level hospital in southern Brazil. METHODS:
We included patients with heart failure aged > 40 years. Anthropometric assessment (weight, height, waist and hip circumferences) was performed; body mass index (BMI) and waist-hip ratio were calculated and lipid measurements (serum total cholesterol, LDL-cholesterol, HDL-cholesterol and triglycerides) were collected. In men and women, respectively, waist circumference ≥ 94 cm and ≥ 80 cm, and triglycerides ≥ 150 mg/dl were considered abnormal and were used to identify the hypertriglyceridemic waist phenotype. Analyses of covariance were used to evaluate possible associations between levels of HDL-cholesterol and the hypertriglyceridemic waist phenotype, according to sex. RESULTS:
112 participants were included, of whom 62.5% were men. The mean age was 61.8 ± 12.3 years and the mean ejection fraction was 40.1 ± 14.7%. Men and woman presented mean HDL-cholesterol of 40.5 ± 14.6 and 40.9 ± 12.7 mg/dl, respectively. The prevalence of the hypertriglyceridemic waist phenotype was 25%. There was a significant difference in mean HDL-cholesterol between men with and without the hypertriglyceridemic waist phenotype (32.8 ± 14.2 versus 42.1 ± 13.7 mg/dl respectively; P = 0.04), even after adjustment for age, body mass index, type 2 diabetes mellitus, use of statins and heart failure etiology. CONCLUSIONS:
The hypertriglyceridemic waist phenotype is significantly associated with lower HDL-cholesterol levels in men with heart failure.
RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO:
A associação de triglicerídeos séricos e circunferência da cintura parece ser um bom marcador de risco cardiovascular e é denominada fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre o fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica e o HDL-colesterol em pacientes portadores de insuficiência cardíaca. TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Estudo transversal em um hospital terciário no sul do Brasil. MÉTODOS:
Foram incluídos indivíduos com insuficiência cardíaca com idade > 40 anos. Foram realizadas as medidas antropométricas (peso, estatura, circunferência da cintura e do quadril) e calculados índice de massa corporal e relação cintura quadril, e foi avaliado o perfil lipídico (colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicerídeos séricos). Em homens e mulheres, respectivamente, circunferência da cintura ≥ 94 cm e ≥ 80 cm e triglicerídeos ≥ 150 mg/dl foram considerados anormais e usados para identificação do fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica. Análises de covariância foram usadas para avaliar possíveis associações entre níveis de HDL-colesterol e o fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica de acordo com o sexo. RESULTADOS:
Foram incluídos 112 participantes e 62,5% eram homens. A média de idade foi de 61,8 ± 12,3 anos e a fração de ejeção média foi 40,1 ± 14,7%. Homens e mulheres apresentaram médias de HDL-colesterol 40,5 ± 14,6 e 40,9 ± 12,7 mg/dl, respectivamente. A prevalência do fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica na amostra foi de 25%. Observou-se diferença significativa entre as médias de HDL-colesterol entre homens com e sem o fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica (32,8 ±14,2 versus 42,1 ± 13,7 mg/dl, P = 0,04), mesmo após ajuste para idade, índice de massa corporal, diabetes mellitus tipo 2, uso de estatinas e etiologia da insuficiência cardíaca. CONCLUSÕES:
O fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica está associado significativamente com menores níveis de HDL-colesterol em homens com insuficiência cardíaca.