Stents farmacológicos de segunda geração para tratamento de lesões proximais isoladas da artéria descendente anterior. dados do registro Safira
Second-generation drug-eluting stent treatment for isolated proximal left anterior descending artery stenoses. the Safira registry data

Rev. bras. cardiol. invasiva; 23 (4), 2015
Publication year: 2015

Introdução:

A estenose grave do terço proximal da artéria descendente anterior (ADA) é classificada como lesão de alto risco, visto que pode comprometer grande parte do miocárdio ventricular esquerdo. Os stents farmacológicos (SF) de segunda geração têm demonstrado maior eficácia e segurança quando comparados aos não farmacológicos ou aos de primeira geração. São escassos os relatos na literatura do emprego desses dispositivos para o tratamento de lesões isoladas do terço proximal da ADA.

Métodos:

Estudo observacional e prospectivo, que incluiu pacientes uniarteriais, portadores de lesão de novo no terço proximal da ADA, tratados eletivamente com SF de segunda geração. Avaliamos os desfechos clínicos hospitalares e tardios.

Resultados:

Foram incluídos 70 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (70%), com média de idades de 65,4 ± 11,2 anos e com alta prevalência de diabetes (37%). O quadro clínico mais frequente foi angina estável (57,1%) e metade das lesões era do tipo B2 ou C. Foram tratadas 70 lesões com 71 stents, com sucesso angiográfico de 100%. O desfecho primário composto por óbito cardíaco, infarto não fatal ou revascularização do vaso alvo no seguimento clínico de 2,5 anos ocorreu em 3% dos pacientes. A mortalidade cardíaca foi de 1,5%, e a revascularização da lesão alvo foi necessária em apenas 1,5% dos pacientes.

Conclusões:

Em pacientes uniarteriais com lesões de novo da ADA proximal, o tratamento eletivo com SF de segunda geração parece ser uma opção segura, com baixas taxas de eventos cardíacos adversos ou necessidade de nova revascularização

Background:

Severe stenosis of the proximal left anterior descending artery (LAD) is classified as a high-risk lesion, as it may affect a large part of the left ventricular myocardium. Second-generation drug-eluting stents (DES) have been shown to be more effective and safer when compared to bare-metal or first-generation ones. There are few reports in the literature on the use of these devices for the treatment of isolated lesions in the proximal LAD.

Methods:

Observational and prospective study, which included single-vessel patients with de novo lesions in the proximal LAD, electively treated with second-generation DES. In-hospital and late clinical outcomes were evaluated.

Results:

Seventy patients were included, most of them males (70%), with a mean age of 65.4 ± 11.2 years and a high prevalence of diabetes (37%). The most common clinical presentation was stable angina (57.1%) and half of the lesions were type B2 or C. A total of 70 lesions were treated with 71 stents, with 100% angiographic success. The primary endpoint, consisting of cardiac death, nonfatal infarction, or target-vessel revascularization during the 2.5-year clinical follow-up, occurred in 3% of the patients. Cardiac death was 1.5%, and target-lesion revascularization was required in only 1.5% of the patients.

Conclusions:

Elective treatment with second-generation DES seems to be a safe option in single-vessel patients with de novo lesions in the proximal LAD, with low rates of adverse cardiac events or need for additional revascularization procedure

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