Rev. bras. cir. plást; 32 (2), 2017
Publication year: 2017
Introdução:
A orelha de abano é uma deformidade congênita
frequente que pode gerar implicações psicológicas desde a
infância. Várias táticas cirúrgicas são descritas para correção
deste defeito, no entanto, intercorrências frequentemente
observadas pela equipe eram a presença de relevos abruptos
da cruz posterior da anti-hélice e as recidivas parciais do
defeito. O objetivo deste trabalho é demonstrar uma tática
cirúrgica que minimiza essas intercorrências. Métodos:
Foram realizadas 65 otoplastias no Hospital Mater Dei, em
Belo Horizonte, MG, no período entre 1995 e 2015. Utilizou-se
um instrumento cirúrgico elaborado pela equipe de cirurgia
plástica, semelhante a uma pinça hemostática de 16 cm. Todos
os pacientes foram operados sob anestesia local e sedação
assistida por anestesista em ambiente hospitalar. Resultados:
A correção do defeito congênito foi alcançada em todos os
casos com o uso de um método comum, mas que cursou com
a proposição de táticas novas e simples visando facilitar o
ato cirúrgico e adquirir os resultados que foram naturais e
satisfatórios. Conclusão:
As táticas propostas para a cirurgia
de otoplastia em abano são simples, de fácil realização,
agilizaram o tempo operatório e utilizaram materiais
simples, de baixo custo e de fácil aquisição. Também foram
alcançados resultados estéticos satisfatórios sem se observar
os estigmas decorrentes da quebra da cartilagem auricular.
Introduction:
Protruding ears represent a common congenital
deformity that can generate psychological implications from
childhood. Several surgical techniques have been described to
correct this defect; however, clinicians frequently observe the
intercurrence of abrupt relief of the posterior crus of the anti-helix
and a partial relapse of the original defect. The objective of this
study was to demonstrate a surgical technique that minimizes these
complications. Methods:
Sixty-five otoplasties were performed at
Mater Dei Hospital, Belo Horizonte, MG, between 1995 and 2015.
A surgical instrument similar to a 16-cm hemostatic forceps was
developed by the plastic surgery team. All patients were operated
under local anesthesia and sedation, under the supervision of
an anesthesiologist in a hospital setting. Results:
Correction of
the congenital defect was achieved in all cases using a common
method that was performed using a simple, novel technique that
facilitates surgery and obtains natural and satisfactory results.
Conclusion:
The proposed techniques for otoplasty of protruding
ears are simple, faster, and require easily obtainable and affordable
materials. Satisfactory esthetic results were also achieved without
observing the stigmas arising from atrial cartilage rupture.