Eficácia das drogas antiarrítmicas em pacientes com doença ventricular direita arritmogênica
Efficacy of antiarrhythic drugs in patients witharrhythmogenic right ventricular disease: results in patients with inducible and noninducible ventricular tachycardia

Arq. bras. med; 67 (4), 1993
Publication year: 1993

As taquiarritmias ventriculares säo as maiores manifestaçöes da doença ventricular direita arritmogênica. Embora a terapia antiarrítmica tenha sido largamente recomendada, há apenas informaçöes disponíveis limitadas sobre a eficácia de drogas antiarrítmicas. Métodos e resultados. A eficácia a curto e a longo prazo de vários agentes antiarrítmicos foi analisada retrospectivamente e prospectivamente em 81 pacientes (idade média de 39 ñ 14 anos; variando de 16 a 68 anos; 61,7 por cento do sexo masculino) com doença ventricular direita arritmogênica. Em 42 pacientes com taquicardia ventricular induzida, durante estimulaçäo ventricular programada, as seguintes taxas de eficácia foram obtidas: drogas classe la e lb (n = 18), 5,6 por cento; drogas classe lc (n = 25); 12 por cento; ß-bloqueaddores (n = 8), 0 por cento; sotalol (n = 38), 68,4 por cento; amiodarona (n = 13), 15,4 por cento; verapamil (n = 5), 0 por cento; e combinaçöes de drogas ( n = 26), 15,4 por cento. Apenas um dos 10 pacientes que näo responderam ao tratamento com sotalol, foi tratado de maneira eficaz com amiodarona, enquanto que os outros nove pacientes mostraram-se refratários a todas as outras drogas testadas (3,8 ñ 2,3 drogas, incluindo amiodarona em cinco casos) e receberam tratamento näo farmacológico. Durante um acompanhamento de 34 ñ 25 meses, três dos 31 pacientes (9,7 por cento) que receberam alta em uso de terapia farmacológica, tiveram recorrência de taquicardia ventricular näo fatal, após 0,5, 51 e 63 meses, respectivamente. Em 39 pacientes com taquicardia ventricular näo induzida durante estimulaçäo ventricular programada, as seguintes taxas de eficácia foram observadas: drogas classe la e lb (n = 16), 10 por cento; agentes classe lc (n = 23), 17,4 por cento; ß-bloqueadores (n = 7), 28,6 por cento; sotalol (n = 35), 82,8 por cento; amiodarona (n = 4), 25 por cento; verapamil (n = 24), 50 por cento; e combinaçöes de drogas (n = 11), 9,1 por cento. Durante um acompanhamento de 14 ñ 13 meses, quatro dos 33 pacientes (12,1 por cento) que tiveram alta sob uso de drogas antiarrítmicas, tiveram recorrência de episódios näo fatais de suas arritmias ventriculares...

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