Rev. AMRIGS; 60 (4), 2016
Publication year: 2016
Introdução:
A dependência química é um grave problema de saúde pública da atualidade e as comunidades terapêuticas surgiram
como alternativa de seu tratamento, sendo locais onde o paciente é protagonista de sua cura. Assim, buscamos sintetizar o perfil de
aditos em uma comunidade terapêutica, visando auxiliar na reabilitação plena e efetiva. Métodos:
Estudo epidemiológico retrospectivo
e de corte transversal com pacientes internados em comunidade terapêutica no Rio Grande do Sul entre janeiro e março de
2015. Foi aplicado questionário com dados sociodemográficos, história psiquiátrica e de abuso de substâncias. Resultados:
Foram
incluídos 59 pacientes, com idade média 41,1±11,1 anos e sexo masculino preponderante 54 (93,1%). A maioria é de raça branca 43
(76,8%), não possui parceiro 22 (38,6%), estudou entre 5 e 8 anos 22 (37,3%) e com alto índice de desemprego (31%). Quando divididos
em grupo de drogas usadas, os usuários de drogas lícitas apresentaram média de idade maior (49,4±7,3) e escolaridade menor
(1 a 4 anos em 46,4%), além de tendência a menos antecedentes criminais. Conclusão:
O perfil majoritário de pacientes internados
em comunidades terapêuticas é de homens de meia-idade, solteiros, com ensino médio incompleto e alto índice de desemprego.
Os usuários de drogas ilícitas são mais jovens, com maior escolaridade e tendência a maior antecedente criminal (AU)
Introduction:
Drug addiction is a serious public health problem today and therapeutic communities have emerged as an alternative for its treatment, where
the patient is the leading part of his cure. Here we aimed to synthesize the profile of addicts in a therapeutic community, aiming to contribute to a full and
effective rehabilitation. Methods:
Retrospective and cross-sectional epidemiological study with patients committed to a therapeutic community in Rio Grande
do Sul between January and March 2015. A questionnaire with socio-demographic data, psychiatric history and substance abuse was administered. Results:
Fifty-nine patients were included, with a mean age of 41.1 ± 11.1 years and mostly males (54, 93.1%). The majority of them are white (43, 6.8%), have
no partner (22, 38.6%), have 5-8 years of schooling (22, 37.3%) and a high unemployment rate (31%). When divided by groups of drugs used, licit drug
users had a higher mean age (49.4 ± 7.3) and lower schooling (1-4 years in 46.4%), in addition to a trend towards lesser criminal record. Conclusion:
The majority of patients committed to therapeutic communities are middle-aged, unmarried men with incomplete secondary education and high unemployment
rate. Illicit drug users are younger, more educated, and tend to have a larger criminal record (AU)