Rev. AMRIGS; 60 (4), 2016
Publication year: 2016
Introdução:
O retalho TRAM é muito utilizado para reconstrução mamária. Em cirurgia oncológica, a mastectomia total é realizada
toda vez que não se pode praticar cirurgia conservadora, produzindo um impacto psicológico importante nas pacientes. Existem
muitos métodos de reconstrução descritos na literatura cabendo ao cirurgião e à equipe que assiste a mulher com câncer de mama
discutir as opções cirúrgicas disponíveis e definir a mais apropriada para cada caso. O presente trabalho teve como objetivo analisar
as complicações da reconstrução com o retalho TRAM no Hospital Universitário Walter Cantídio em Fortaleza, Ceará, no período
de 2012 a 2016. Métodos:
Foram avaliadas as pacientes submetidas à reconstrução mamária com TRAM no período de 2012 a 2016
no Hospital Universitário Walter Cantídio através da revisão de prontuário. Resultados:
As 25 pacientes submetidas à reconstrução
mamária pós-mastectomia com retalho TRAM apresentavam idade variando de 31 a 53 anos, sendo a média de 40 anos. Foram submetidas
à reconstrução imediata 80% delas, sendo as outras 20% reconstrução tardia. Analisando o tempo de internação, observou-se que o período variou de 1 a 8 dias, sendo que 72% delas passaram 4 dias ou menos. O tipo de reconstrução variou com técnicas
ipslateral (20 casos), contralateral (3) e bilateral (2). Conclusão:
O retalho TRAM é uma excelente alternativa de reconstrução em
pacientes submetidas a mastectomia total. Como todas as outras técnicas, a mesma não está isenta de complicações. Permanece uma
opção segura e confiável com morbidade do sítio doador, comparável com outras técnicas de reconstrução mamária (AU)
Introduction:
The TRAM flap is widely used for breast reconstruction. In oncologic surgery, total mastectomy is performed whenever conservative surgery can not be
practiced, causing an important psychological impact on the patients. There are many reconstruction methods described in the literature, and it is up to the surgeon and the
team that assists the woman with breast cancer to discuss the surgical options available and set the most appropriate for each case. The present study aimed to analyze the
complications of reconstruction with the TRAM flap at the Walter Cantídio University Hospital in Fortaleza, Ceará, from 2012 to 2016. Methods:
We reviewed
the medical charts of the patients submitted to breast reconstruction with TRAM in the 2012-2016 period at the Walter Cantídio University Hospital. Results:
The 25 patients submitted to breast reconstruction after mastectomy with TRAM flap presented age ranging from 31 to 53 years, with a mean of 40 years. Eighty
percent of them were submitted to immediate reconstruction, while the other 20% to late reconstruction. An analysis of hospitalization time showed that it varied from
1 to 8 days, with 72% of patients staying 4 days or less in hospital. The type of reconstruction varied from ipsilateral (20 cases) to contralateral (3) and bilateral (2)
techniques. Conclusion:
The TRAM flap is an excellent alternative for reconstruction in patients submitted to total mastectomy. Like all other techniques, it is not
free of complications. It remains a safe and reliable option with donor site morbidity comparable to other breast reconstruction techniques (AU)