Rev. AMRIGS; 60 (4), 2016
Publication year: 2016
Introdução:
O acesso venoso é um procedimento elementar e essencial tanto no atendimento hospitalar quanto no ambulatorial.
Tal relevância pode ser destacada na assistência médica de pacientes oncológicos, na qual cateteres venosos para acesso central são
utilizados com alta frequência. O objetivo deste trabalho é analisar a utilização de cateteres venosos centrais de curta permanência
em uma unidade oncológica, visando identificar o perfil epidemiológico dos pacientes, aspectos relacionados à punção e suas complicações.
Método:
Foi realizado um estudo retrospectivo, transversal, observacional e analítico. Os dados foram coletados com informações
de prontuários de pacientes admitidos em uma Unidade de Transplante de Medula Óssea, durante 1º de julho de 2013 a 30
de julho de 2014. Resultados:
Foram analisados 174 acessos venosos centrais com cateter de curta permanência, em 119 pacientes.
A idade média foi de 46,2 anos, com prevalência semelhante entre gêneros. Os principais diagnósticos foram mieloma múltiplo
(36,97%) e linfoma não hodgkin (33,61%). A veia femoral direita foi o local de escolha em 56,90% dos casos e o cateter venoso central
calibroso foi utilizado em 76,44% das punções. As complicações relacionadas à punção ocorreram em 13 casos (7,47%), sendo o
hematoma (92,3%) a mais representativa; e as relacionados à presença do cateter em 25 (14,37%), sendo a suspeita clínica de infecção
(76,0%) a principal. Conclusão:
O cateter venoso central de curta permanência se mostrou um método seguro para utilização de
rotina em pacientes com neoplasias hematológicas (AU)
Introduction:
Venous access is an elementary and essential procedure in both hospital and outpatient care. Such relevance can be highlighted in the medical
care of cancer patients, in which central access venous catheters are used with high frequency. The aim of this study is to analyze the use of short-term
central venous catheters in an oncologic unit, aiming to identify the epidemiological profile of the patients, aspects related to the puncture and its complications.
Method:
A retrospective, transversal, observational and analytical study was carried out. Data were collected from records of patients admitted to a Bone
Marrow Transplant Unit, from July 1, 2013 to June 30, 2014. Results:
A total of 174 central venous accesses with a short-term catheter were analyzed
in 119 patients. The mean age was 46.2 years, with a similar prevalence between genders. The main diagnoses were multiple myeloma (36.97%) and NonHodgkin
lymphoma (33.61%). The right femoral vein was the site of choice in 56.90% of the cases and central venous catheter was used in 76.44% of the
punctures. Puncture-related complications occurred in 13 cases (7.47%), with hematoma (92.3%) being the most representative one, and those related to the
presence of the catheter in 25 (14.37%), with clinical suspicion of infection (76.0%) being the main one. Conclusion:
Short-term central venous catheter
has proven to be a safe method for routine use in patients with hematological malignancies (AU)