Ressonância magnética e doença coronariana: quando o exame faz a diferença?
Magnetic resonance and coronary disease: when does the test make a difference?
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 27 (2), 2017
Publication year: 2017
O diagnóstico de doença coronariana e a quantificação de isquemia miocárdica
tem se tornado cada vez mais necessário. Apesar de ainda haver controvérsia, estudos
clínicos têm demonstrado que pacientes com carga isquêmica moderada ou alta têm
pior prognóstico, a despeito de terapia clínica considerada adequada. Neste cenário, a
ressonância magnética cardíaca (RMC) com estresse farmacológico tem despontado
como método singular. Com relação aos outros exames disponíveis, a RMC apresenta
vantagens teóricas e práticas, pois acumula características de outros métodos e os resume
em um só. Proporciona excelente resolução espacial e temporal, possibilidade de
avaliação da contratilidade global e segmentar e da espessura da parede do miocárdio em
repouso e durante estresse, avaliação da perfusão e da viabilidade miocárdica, além de
quantificação da área infartada com a técnica do realce tardio. Os avanços recentes nas
sequências para avaliação da perfusão miocárdica permitiram que essa metodologia se
tornasse uma importante ferramenta na prática clínica. Estudos multicêntricos confirmam a
excelente sensibilidade e especificidade em pacientes submetidos à imagem de perfusão
com estresse farmacológico pela RMC e o método se estabelece a passos largos como
padrão–ouro na detecção da doença arterial coronária
The diagnosis of coronary artery disease and the quantification of myocardial ischemia
has become increasingly vital. Although controversy remains, clinical studies have shown
that patients with a moderate or high ischemic burden have a poorer prognosis, despite
clinical therapy that is considered adequate. In this scenario, cardiac magnetic resonance
imaging (CMR) with pharmacological stress has been highlighted as a unique method. In
relation to the other tests available, CMR presents theoretical and practical advantages,
as it takes the characteristics of other methods and combines them into one. It provides
excellent spatial and temporal resolution, enabling the evaluation of global and segmental
contractility and myocardial wall thickness, at rest and during stress, evaluation of perfusion
and myocardial viability, and quantification of the infarcted area by the technique of delayed
gadolinium enhancement. Recent advances in sequences for evaluation of myocardial perfusion
have led to this method becoming an important tool in clinical practice. Multicenter
studies confirm the excellent sensitivity and specificity in patients submitted to perfusion
imaging with pharmacological stress by CMR, and the method is fast becoming established
as the gold standard for the detection of coronary arterial disease
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