Comparação do nível de dor femoropatelar, atividade física e qualidade de vida entre adolescentes do sexo feminino e masculino
Comparison of the level of patellofemoral pain, physical activity, and quality of life between female and male adolescents

Sci. med. (Porto Alegre, Online); 27 (1), 2017
Publication year: 2017

OBJETIVOS:

Comparar o nível da dor, o nível de atividade física e a qualidade de vida de adolescentes do sexo feminino e masculino com dor femoropatelar.

MÉTODOS:

Foram recrutados de escolas públicas e privadas da cidade de Presidente Prudente, São Paulo, 46 adolescentes do sexo feminino e 46 adolescentes do sexo masculino entre 12 e 18 anos. Para serem incluídos no estudo os adolescentes precisavam referir dor no joelho de início insidioso, exacerbada em algumas atividades apresentadas e com no mínimo seis semanas de duração. Além disso, os adolescentes deveriam reportar pior dor ao longo da semana anterior de pelo menos 30 mm na Escala Visual Analógica e não poderiam apresentar sinais, sintomas ou alguma ocorrência de qualquer outra disfunção no joelho. Os participantes foram solicitados a marcarem na Escala Visual Analógica o nível de dor no joelho auto reportado do último mês. A avaliação do nível de atividade física foi realizada por meio da aplicação do Baecke Questionnaire of Habitual Physical Activity e para investigar a qualidade de vida dos participantes, a subescala de qualidade de vida do questionário Knee Outcome in Osteoarthritis Survey foi utilizada. O teste t-independente foi utilizado para identificar diferenças entre os grupos em relação ao nível de atividade física, qualidade de vida e dor no joelho.

RESULTADOS:

Pela Escala Visual Analógica os adolescentes do sexo masculino apresentaram nível de dor no joelho no mês anterior de 5,1±1,4 e as adolescentes do sexo feminino de 4,4±1,6 (p=0,029). O escore de atividade física foi de 8,8±1,3 para os adolescentes do sexo masculino e de 7,5±1,6 para as do sexo feminino (p<0,001). A subescala de qualidade de vida resultou em 77,9±19,0 para as meninas adolescentes e em 70,8±13,5 para os adolescentes do sexo masculino (p=0,042).

CONCLUSÕES:

Entre adolescentes com dor femoropatelar, os do sexo masculino apresentaram maior nível de dor no joelho, maior nível de atividade física e menor qualidade de vida em comparação com as adolescentes do sexo feminino.

AIMS:

To compare the level of pain, physical activity, and quality of life of female and male adolescents with patellofemoral pain.

METHODS:

A total of 46 female adolescents and 46 male adolescents aged 12 to 18 years were recruited from public and private schools in the town of Presidente Prudente, São Paulo, Brazil. To be included in the study, adolescents needed to report knee pain of insidious onset, exacerbated in some activities, and lasting for at least 6 weeks. In addition, adolescents should report worse pain over the previous week of at least 30 mm on the Visual Analog Scale and could not show signs, symptoms or any occurrence of any other knee dysfunction. The participants were requested to mark their self-reported knee pain in the last month on a Visual Analog Scale. The level of physical activity was evaluated by the Baecke Questionnaire of Habitual Physical Activity and the quality of life subscale of the Knee Outcome in Osteoarthritis Survey questionnaire was used to investigate the participants’ quality of life. The independent t-test was used to find differences between the groups regarding the level of physical activity, quality of life, and knee pain.

RESULTS:

According to the Visual Analog Scale, male adolescents presented a level of knee pain of 5.1±1.4 in the previous month and female adolescents, of 4.4±1.6 (p = 0.029). The physical activity score was 8.8±1.3 for male adolescents and 7.5±1.6 for female ones (p<0.001). The quality of life subscale scores were 77.9±19.0 for adolescent girls and 70.8±13.5 for male adolescents (p=0.042).

CONCLUSIONS:

Among adolescents with patellofemoral pain, males had a higher level of knee pain, higher level of physical activity, and lower quality of life compared to female adolescents

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