Rev. AMRIGS; 53 (1), 2009
Publication year: 2009
Introdução:
O aumento dos acidentes e da violência no Brasil tem repercutido na
organização do sistema de saúde, o qual, por sua responsabilidade na atenção ao trauma,
vem tendo seus gastos elevados. Objetivo:
Realizar levantamento epidemiológico das
internações decorrentes das fraturas do crânio e dos ossos da face, avaliando os gastos do
Sistema Único de Saúde com as internações na região Nordeste por um de período de dez
anos. Métodos:
Estudo de série temporal com dados do Sistema de Informações Hospitalares.
Foram selecionadas as internações cujo diagnóstico fazia parte do capitulo XIX da
Classificação Internacional das Doenças e a sua distribuição segundo:
sexo, faixa etária,
Unidade Federativa, valor médio, permanência média e ano de internação. Resultados:
Foram encontrados 67.086 registros de internações por essas fraturas. A incidência média
das fraturas de crânio e dos ossos faciais foi de 13,66 por 100.000 habitantes. A maioria
das internações ocorreu no sexo masculino, em 82,5%, e nas faixas etárias de 20 a 29 anos
de idade. As Unidades Federativas que apresentaram elevados coeficientes foram Rio
Grande do Norte, Paraíba e Sergipe. No período foram gastos R$ 39.058.339,80 com
internação e o valor médio por internação aumentou até 2003. Conclusões:
As incidências
de fraturas dos ossos do crânio e da face cresceram no período avaliado nos estados
do Nordeste, sendo mais frequente no sexo masculino e nas faixas etárias de 20 a 29 anos.
Consequentemente, os gastos públicos com internações por causa de fraturas dos ossos
do crânio e da face cresceram no decorrer dos anos (AU)
Introduction:
The increase of accidents and violence in Brazil has affected the organization
of health systems, whose expenditures have been increasing due to their responsibility
for attending to injuries. Aim:
To perform an epidemiological survey of hospital
admissions due to skull fractures and maxillofacial injuries, evaluating the expenses of
the Single Health System with hospitalizations in northeast Brazil for 10 years. Methods:
Temporal series study with data from the Hospital Information System. The cases selected
were those diagnosed as part of the XIX Chapter of the International Classification of
Diseases (ICD) and their distribution according to sex, age group, state, mean value, mean
stay, and year of admission. Results:
There were 67.086 records of admissions due to
these fractures. The mean incidence of skull fractures and maxillofacial injuries was 13.66
per 100.000 people. Most of the admissions occurred among males (82.5%) in their twenties.
The states with the highest indexes were Rio Grande do Norte, Paraíba, and Sergipe.
In this period, R$ 39.058.339,80 were spent with hospitalizations, and the mean value per
hospitalization increased until 2003. Conclusions:
The incidence of skull fractures and
maxillofacial injuries increased in the studied period in the northeast states, being more
frequent among males in the 20-29 age group. Consequently, the public expenses with
hospitalizations due to skull and maxillofacial injuries have increased over the years (AU)