Sci. med. (Porto Alegre, Online); 27 (2), 2017
Publication year: 2017
OBJETIVOS:
Verificar a existência de assimetrias dos músculos rotadores externos e internos entre os dois ombros, em atletas amadores de rúgbi do gênero masculino.
MÉTODOS:
Avaliações isocinéticas de atletas amadores do rúgbi masculino foram acessadas a partir do banco de dados do Instituto de Medicina do Esporte e Ciências Aplicadas ao Movimento Humano da Universidade de Caxias do Sul (IME-UCS). Foram incluídas as avaliações do ombro e excluídos os casos sem assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Institucional do IME-UCS prévia ao teste. O dinamômetro isocinético foi utilizado no modo concêntrico-concêntrico para os rotadores externos e internos dos músculos dos ombros nas velocidades angulares de 60°/s e 180°/s. Foram analisados os valores do pico de torque e da razão rotadores externos/internos dos ombros desses atletas. Para verificar a existência de assimetrias entre os dois lados do mesmo indivíduo, foi utilizado o teste T de Student e considerado o nível de significância de <0,05.
RESULTADOS:
Foram analisados os dados de 12 atletas homens. Na análise do pico de torque na velocidade angular de 60º/s, os valores médios da musculatura do membro dominante apresentaram-se significativamente superiores quando comparados ao não dominante: rotadores externos, 43,35±4,72 Nm no membro dominante versus 38,92±4,22 Nm no membro não dominante (p=0,0012); rotadores internos, 65,58±11,88 Nm no membro dominante versus 61,69±11,98 Nm no membro não dominante (p=0,0021). A 180º/s, os valores médios do membro não dominante apresentaram uma tendência a valores inferiores quando comparado ao membro dominante, mas sem significância estatística. Com relação aos valores médios da razão rotadores externos/internos, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativa em nenhuma das velocidades angulares analisadas.
CONCLUSÕES:
Os atletas amadores de rúgbi apresentaram um desempenho muscular inferior do membro não dominante quando comparado ao membro dominante na análise do pico de torque. Essa diferença não havia sido encontrada nos demais estudos com atletas de rúgbi e acreditamos que este resultado se justifique pela falta de treinamentos mais frequentes e adequados desses atletas amador.
AIMS:
To verify the existence of shoulder external and internal rotator muscle asymmetries in male amateur rugby athletes.
METHODS:
Isokinetic evaluations of male amateur rugby athletes were accessed from the database of the Institute for Sports Medicine and Applied Sciences in Human Movement of Universidade de Caxias do Sul (IME-UCS). Shoulders evaluated were included in the study, whereas those cases without a free and informed consent form signed prior to the test were excluded. The isokinetic dynamometer was used in a concentric-concentric mode for the shoulder external and internal rotators at angular velocities of 60°/s and 180°/s. The peak torque and the external to internal rotator ratio were analyzed. Student’s t test and a significance level of <0.05 were used to verify the existence of asymmetries between the two sides of the same individual.
RESULTS:
Data from 12 male athletes were analyzed. Regarding the peak torque at the angular velocity of 60º/s, the mean muscle strength values of the dominant limb were significantly higher when compared to non-dominant limb: external rotators, 43.35±4.72 Nm for the dominant limb vs 38.92±4.22 Nm for the non-dominant limb (p=0.0012); internal rotators, 65.58±11.88 Nm for the dominant limb vs 61.69±11.98 Nm for the non-dominant limb (p=0.0021). At 180º/s, the mean values of the non-dominant limb tended to be lower when compared to the dominant limb, without statistical significance. Regarding the mean values of the external to internal rotator ratio, no significant differences were found at any of the angular velocities analyzed.
CONCLUSIONS:
Amateur rugby athletes showed lower muscle strength of the non-dominant limb when compared to the dominant limb in the peak torque measurements. This difference was not found in other studies with rugby athletes, and we believe that this result is justified by the lack of more frequent and adequate training of these amateur athletes.