Avaliação do tempo de espera para consultas de Reumatologia em centro de atendimento terciário de Porto Alegre – RS
Evaluation of the waiting time for Rheumatology consultations at a tertiary care center of Porto Alegre – RS

Rev. AMRIGS; 52 (4), 2008
Publication year: 2008

Objetivo:

avaliar o tempo de espera para uma primeira consulta de Reumatologia no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) de Porto Alegre, RS.

Métodos:

num estudo transversal, os médicos do Serviço de Reumatologia do HNSC coletaram informações referentes a todas as primeiras consultas num período de 6 meses. Além de características demográficas, foram registradas as hipóteses diagnósticas, a data do encaminhamento, município de origem, a urgência do caso e se o paciente atendido substituiu a outro que desistiu da consulta.

Resultados:

das 615 consultas agendadas, 487 (79,2%) pacientes compareceram. O tempo de espera para a consulta variou entre 3 dias e 8 anos (mediana = 3,8 meses, percentis 25-75 = 1,5-10,0, média ± DP = 7,8 ± 11,1 meses). Em modelo de regressão logística múltipla, os fatores associados a uma espera ≥ 10 meses foram as consultas de substituição, a idade e as procedências de Novo Hamburgo e de Alvorada, enquanto casos urgentes foram associados a uma espera < 10 meses. No entanto, esse modelo apresentou baixa capacidade para identificar pacientes com tempo prolongado de espera (estatística C=0,70). Aproximadamente metade dos pacientes apresentavam quadros clínicos como fibromialgia, osteoartrose ou reumatismos de partes moles, sem suspeita de sobreposição com quadros poliarticulares inflamatórios.

Conclusão:

há grande variabilidade no tempo de espera para consulta de Reumatologia na amostra estudada, e freqüentemente não se puderam identificar as causas de uma longa espera. Grande parte dos pacientes encaminhados poderia ser satisfatoriamente atendida em nível primário ou secundário (AU)

Aim:

To evaluate the waiting time for a first rheumatological consultation at the Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) of Porto Alegre, South Brazil.

Methods:

In a cross-sectional study, the clinicians of the Rheumatology Service of the HNSC collected information regarding all the first consultations in a 6-month period. The collected data included demographic characteristics, hypothetical diagnoses, date of referral, place of residence, case urgency, and whether the patient was replacing some other patient who called off the visit.

Results:

Of 615 scheduled appointments, 487 (79.2%) patients attended. The waiting time for consultation ranged from 3 days to 8 years (median = 3.8 months, percentiles 25-75 = 1.5-10.0, mean ± SD = 7.8 ± 11.1 months). In a model of multiple logistic regression, the factors associated with waiting ≥ 10 months were substitute consultations, age, and coming from the municipalities of Novo Hamburgo and Alvorada, while urgent cases were associated with waiting ≥ 10 months. However, this model was poorly able to identify patients with a long waiting time (statistics ‘c’= 0.70). About half the patients presented such clinical pictures as fibromyalgia, osteoarthritis, or rheumatism of soft tissues, without suspicion of overlapping inflammatory polyarticular conditions.

Conclusion:

There is great variability in the waiting time for consultation with a Rheumatology specialist in the sample studied; often the causes for the long waiting time could not be identified. Many of the referred patients would benefit from primary or secondary care (AU)

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