Palmitos industrializados em conserva: produção, conservação e sustentabilidade
Preserved palm hearts: production, conservation and sustainability
Hig. aliment; 31 (270/271), 2017
Publication year: 2017
As principais espécies utilizadas na alimentação e exploradas para a produção
de palmitos, são as palmeiras de Açaí (Euterpe oleracea), na região
Norte do país, especialmente na Bacia Amazônica; a Juçara (Euterpe edulis),
na Mata Atlântica das regiões Sul e Sudeste; atualmente a espécie que predomina
é a Pupunha (Bactris gasipaes), plantada comercialmente em quase
todo o País e, em menor escala, o palmito da Palmeira Real (Archantophoenix
alexandrae), predominantemente no Estado de Santa Catarina. As principais
formas de comercialização do palmito em conserva são em embalagens
metálicas (lata) ou de vidro. Foi objetivo deste estudo avaliar a qualidade de
palmitos industrializados com foco nas informações de rotulagem sobre a
origem, tipo, conservação e validade destes, compreendendo melhor os critérios
de sustentabilidade aplicado a estes produtos. Este trabalho foi desenvolvido
a partir da análise de rótulos de amostras de palmito em conserva
industrializados e comercializados nas cidades do Rio de Janeiro, com o total
de 45 amostras das diferentes espécies existentes desta palmeira, coletadas
nos anos de 2013, 2014 e começo de 2015. Dentre as espécies de palmito
mais encontradas, destacou-se o açaí com 42% das amostras, seguido da pupunha
com 31% e Juçara com 20%; os estados com maior produção foram a
Bahia com 27% das amostras e Santa Catarina com 21%. As amostras analisadas
apresentavam prazo de validade de 1 ano (2,38%), 2 anos (47,62%)
e de 3 anos (21,42%). Os prazos de validade após abertura da embalagem,
indicavam máximo de cinco dias. Com os dados obtidos concluiu-se que as
indústrias de palmitos em conserva vêm cumprindo as determinações das
legislações sanitárias em vigor, com algumas exceções que podem comprometer
escolhas e até a saúde do consumidor.(AU)