Hig. aliment; 31 (270/271), 2017
Publication year: 2017
A etapa de salga é de fundamental
importância na produção de queijos
por contribuir com diversos parâmetros
como:
formação do sabor,
maturação, controle microbiológico,
controle de umidade, dentre outros. O
processo de salga de queijos em salmoura
é largamente utilizado no Brasil,
podendo acarretar problemas de
contaminação microbiana nos produtos
em virtude de falhas em sua correção
ou recuperação. Este trabalho
teve por objetivo acompanhar a qualidade
da salmoura em uma pequena
indústria de laticínios situada em Minas
Gerais, durante seu período de utilização.
Foram realizadas determinações
de temperatura, acidez titulável,
concentração de NaCl, além de contagem
padrão de micro-organismos
mesófilos aeróbios, determinação do
número mais provável de coliformes
totais e termotolerantes e contagem
de fungos filamentosos e leveduras.
O experimento foi conduzido em três
repetições, sendo as análises realizadas
em duplicata nos tempos 0, 7,
14, 21 e 30 dias de armazenamento.
Os valores encontrados para as análises
de temperatura e cloreto de sódio
apresentaram-se dentro dos padrões
estabelecidos pela literatura. O valor
de acidez titulável manteve-se constante
em 0,08% de ácido lático durante
todo o período analisado, indicando
necessidade de correção. A contagem
de mesófilos aeróbios variou entre
1,23 log UFC.mL-1 a 3,64 log UFC.
mL-1, coliformes totais e termotolerantes
entre <0,47 log NMP. mL-1 a 1,17
log NMP. mL-1 e fungos filamentosos
e leveduras 1 log UFC. mL-1 (est.) a
2,9 log UFC. mL-1 (est.). A salmoura
apresentou boa qualidade microbiológica
e físico-química, exceto quanto à
acidez titulável, que deve ser corrigida.
Foi verificado aumento da carga microbiana
no momento da correção da
concentração de sal, o que pode estar
relacionado à qualidade deste produto.(AU)