Geriatr., Gerontol. Aging (Online); 11 (2), 2017
Publication year: 2017
Objetivo:
Analisar a autoavaliação de saúde e identificar suas relações com a capacidade funcional e as medidas objetivas de força muscular e mobilidade em amostra idosa residente na comunidade. Método:
Estudo transversal de base populacional com dados provenientes do banco eletrônico do Estudo de Fragilidade em Idosos Brasileiros (Fibra), realizado entre os anos de 2008 e 2009, em que foram recrutados 2.558 idosos da comunidade, residentes na área urbana. A variável dependente foi a autoavaliação de saúde comparada aos pares etários na velhice. As razões de chances, ajustadas pelas variáveis sociodemográficas e de saúde, foram estimadas por meio de regressão logística multinomial. As análises foram conduzidas no programa Stata 14.0. Resultados:
A média de idade dos idosos foi de 72,3 anos (DP ± 5,5), e 65,6% eram mulheres. Quando comparados a alguém da mesma idade, 70,2% avaliaram a sua saúde como melhor, 23,4% como igual e 6,4% como pior. Pelo modelo de regressão, verificou-se, no modelo ajustado, diferença estatisticamente significativa em relação à autoavaliação da saúde – sendo pior nos idosos dependentes nas atividades instrumentais (OR = 2,19; IC95% 1,22–3,92) e com menor força de preensão (OR = 0,96; IC95% 0,93–0,99). Avaliar a saúde como melhor apresentou diferença significativa com a velocidade de marcha (OR = 0,88; IC95% 0,81–0,94). Conclusão:
Foram encontradas associações da autoavaliação de saúde e atividades instrumentais de vida diária, velocidade de marcha e força de preensão. Esses resultados reforçam a funcionalidade como um importante indicador de saúde, além de proporcionar a ampliação da abordagem da autoavaliação de saúde incluindo critérios de comparação social.
Objective:
To evaluate self-rated health and to identify its relationship with functional capacity, objective measures of muscle strength, and mobility in a sample of community-dwelling elderly adults. Method:
A cross-sectional, population-based study using data from the “Fragility Study on Brazilian Elderly” (Fibra) electronic database, carried out between 2008 and 2009, in which 2,558 community-dwelling elderly were recruited. The dependent variable was self-rated health compared with peers of the same age, among the elderly. The odd ratios were adjusted for sociodemographic and health variables and were estimated through multinomial logistic regression. The analyses were carried out using the program Stata 14.0. Results:
The average age of the elderly participants was 72.3 years old (SD ± 5.5) and 65.6% of them were women. When comparing with someone of the same age, 70.2% of the participants rated their health as better than the other’s; 23.4% of them rated it as equal, and 6.4% of the elderly rated it as worse. The adjusted regression model showed that the odd ratios were more important when rating health as worse among the elderly participants who were dependent on instrumental activities (OR = 2.19; 95%CI 1.22–3.92) and had weaker grip strength (OR = 0.96; 95%CI 0.93–0.99). Better health rating showed a statistically significant difference related to speed gait (OR = 0.88; 95%CI 0.81–0.94). Conclusion:
We found associations between the self-rated health and instrumental activities of daily living, gait velocity, and grip strength. These results reinforce functionality as an important health predictor and broaden self-rated health approachs including social comparison criteria.