É feita uma análise prospectiva de 40 pacientes operados com aneurismas da artéria cerebral média (ACM), no Serviço de Neurocirurgia do Hospital Cristo Redentor, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, entre setembro de 1986 e setembro de 1990.

Estes pacientes foram dividios em 2 grupos conforme a via de abordagem empregada:

Grupo I (via subfrontal) e Grupo II (via frontotemporoesfenoidal ou pterional). A seguir, os grupos foram comparados segundo as seguintes variáveis: idade, sexo, grau segundo Hunt e Hess à internaçäo, hemisfério abordado, momento cirúrgico, estudo liquórico, estudo radiológico, ruptura durante a abordagem, duraçäo do tempo cirúrgico, procedimentos no tratamento cirúrgico, complicaçöes, tempo de internaçäo, condiçöes de alta, seqüelas cirúrgicas e técnica cirúrgica. Os 40 aneurismas da ACM estudados representam 21,39 por cento de todos os aneurismas tratados cirurgicamente, em qualquer localizaçäo, no mesmo periodo. A mortalidade global foi de 5 por cento distribuida igualmente entre os 2 grupos. Resultados excelentes foram observados em 75,5 por cento de todos os pacientes, sendo 80 por cento no Grupo I e 75 por cento no Grupo II. A morbidade total foi de 12,5 por cento sendo 10 por cento no Grupo I e 15 por cento no Grupo II. Verificou-se que houve predomínio do sexo feminino (60 por cento) em relaçäo ao sexo masculino (40 por cento). quanto à faixa etária, a maior incidência de aneurismas ocorreu entre a 4ª e a 6ª décadas (80 por cento). Os melhores resultados foram obtidos em pacientes em Grau I no momento da internaçäo (89,65 por cento), sendo 92,85 por cento no Grupo I e 86,66 por cento no Grupo II. As complicaçöes foram semelhantes nos 2 grupos, mas as seqüelas cirúrgicas foram predominantes no Grupo II. Foi revisada a literatura existente em cada cariável, e comparada aos resultados obtidos nesta casuística