Foi realizado o estudo anatômico do acesso petroso, em ambos os lados, de 20 segmentos cefálicos e 10 crânios e analisados os resultados do tratamento cirúrgico através do acesso petroso de 10 pacientes com meningeoma petroclival. As dificuldades essenciais desse acesso estao relacionadas com a preservaçao dos seios venosos durais e da veia Labbé com a retraçao do lobo temporal e do hemisfério cerebelar. Algumas técnicas alternativas mostraram-se úteis na superaçao dessas dificuldades: 1) a realizaçao do acesso retrolabiríntico, antes da craniotomia, ajuda a prevenir a lesao dos seios venosos durais envolvidos; 2) a extensao da craniotomia nos sentidos têmporo-occipital e têmporo-anterior, respectivamente, permite diminuir a retraçao sobre o hemisfério cerebelar e o lobo temporal e possibilita um afastamento mais seguro do lobo temporal; 3) a realizaçao da tentoriotomia, sem retraçao do lobo temporal, evita a tensao demasiada sobre a veia de Labbé. O estudo anatômico e os resultados obtidos na presente casuística comprovam que o acesso petroso possibilita ampla via de abordagem à regiao petroclival, permitindo remoçao completa dos meningeomas petroclivais com mínima morbidade e mortalidade.