Distrofia simpático reflexa: aspectos clínicos e terapêuticos e a associaçäo com a síndrome dolorosa miofascial
Reflex sympathetic dystrophy: clinical and therapeutic aspects and its association to painful myofascial syndrome

Arq. bras. neurocir; 15 (2), 1996
Publication year: 1996

Foi estudada uma amostra composta de 111 pacientes com diagnóstico clínico de distrofia simpático reflexa (DSR). Era do sexo feminino, 71 por cento dos pacientes e a idade variou entre 17 e 84 anos (mediana igual a 46 anos). As fraturas foram responsáveis por 25 por cento dos coasos. Em 9 por cento dos casos nao foi possível identificar-se o fator etiológico. Quanto ao estágio da DSR, observamos que 58 por cento dos doentes estava com DSR I, 40 por cento com DSR II e 2 por cento com DSR III. Em relaçao ao tempo de duraçao da DSR na ocasisao da primeira consulta, observamos que, em 46 por cento dos casos de DSR I, o quadro apresentava duraçao de 3 meses e, em 71 por cento dos casos de DSR II, mais de 6 meses. Os pacientes foram submetidos a tratamento que constituiu da associaçao de antiinflamatórios nao-hormonais com psicotrópicos e medicicina física e, seqüencialmente, quando necessário, a bloqueios das vias simpáticas com anestéssicos locais, ultra-som e/ou guanetidina. Em casos rebeldes, a estimulaçao elétrica da medula espinal foi realizada. Os doentes com DSR I apresentaram índice de cura acima de 85 por cento e os com DSR II, de 34 por cento, diferença, esta, significante (P<0,001). A evoluçao dos pacientes nao dependeu da etiologia ou da terapêutica empregada, mas do estágio da DSR ao ínicio do tratamento. Foi constante a presença da síndrome dolorosa miofascial no membro acometido em 98 por cento dos pacientes. A síndrome dolorosa miofascial mereceu tratamento específico, independente daquele direcionado para a DSR. Sinais da síndrome dolorosa miofacial persistiam em 43 por cento dos que evoluíram para cura da DSR. A persistência da síndrome dolorosa miofacial independeu do estágio inicial da DSR e do tratamento empregado. Nosso estudo sugere que a síndrome dolorosa miofascial é um possível fator agravante da DSR.

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