A fluoretação da água de abastecimento público tem sido considerada como o método mais efetivo e econômico para a prevenção da cárie dentária, fato reconhecido cientificamente. Mas para tal, a taxa de flúor na água deve ser rigorosamente avaliada, pois a baixa concentração desse íon torna sua aplicação ineficaz. Por outro lado sua superdosagem pode causar fluorose dentária em crianças de 0 a 6 anos. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi analisar a situação da fluoretação da água de abastecimento na Zona Sul do município do Rio de Janeiro, verificando se os teores de flúor na água de consumo público situam-se acima, abaixo ou na concentração recomendada, bem como identificar o mecanismo de controle operacional executado na ETA (Estação de Tratamento de Água).Para tanto, foi realizado um estudo indutivo, quantitativo, com caráter descritivo-experimental, tendo como fonte de informações o campo e o laboratório. A partir da coleta de amostras de água de abastecimento dos 18 bairros da Zona Sul do municipio do Rio de Janeiro, realizada em dezembro de 1999, procedeu-se a dosagem de fluoreto presente nas amostras através do método combinado íon-seletivo para o fluoreto (Hanna BN 9.609) e um analisador iônico (Orion HI 9321). Como resultados do presente estudo, muito embora haja uma aparente preocupação da CEDAE em relação à fluoretação das águas de abastecimento, de acordo com as análises realizadas, pode-se verificar uma concentração média de fluoreto de 0,06 ppm (0,04 - 0,09 ppm), o que representam valores muito abaixo daqueles considerados ótimos para este método de prevenção de cárie dentária. Assim, pode-se concluir que a quantidade de fluoreto presente na água de abastecimento da Zona Sul do município do Rio de Janeiro, é praticamente inexistente e incapz de interferir nos mecanismos de proteção contra a cárie dentária