Erupção dentária: estudo de suas manifestaçoes clínicas na primeira infância segundo cuidadores e médicos pediátricas
Dental eruption: a survey of its manifestations in early childhood

Pesqui. bras. odontopediatria clín. integr; 6 (2), 2006
Publication year: 2006

Pretendeu-se conhecer como essas alterações manifestam-se, quais sintomas e sinais estão relacionados à erupção e com que freqüência e intensidade surgem.

Método:

Foram realizados interrogatórios com 100 pais ou responsáveis de crianças de 6 meses a 5 anos de idade e com 100 médicos pediatras, na cidade de Fortaleza. Foram pesquisados apresença de sinais e sintomas durante a erupção dentária,quais são os mais encontrados, os métodos de tratamento utilizados e aspectos relacionados à qualidade de informações recebidas pelas mães.

Resultados:

Dos 49 pediatras que responderam ao questionário, 93,9 por cento relataram observar alterações clínicas em seus pacientes durante a erupção dentária. Entre as 74 mães que responderam ao questionário,75,7 por cento relataram alterações na saúde de seus filhos durante a erupção dentária. As manifestações mais citadas foram, e mordem decrescente de freqüência, irritabilidade, hábito de levar a mão à boca, sialorréia, anorexia, febre, sono inquieto e diarréia. A maioria das mães relatou procurar o médico quando surgiram as alterações e fazer uso de mordedores e pomadas.Os pediatras, em sua maioria, informaram optar por orientação exclusiva e, às vezes, fazer uso de medicamentos sintomáticos. Uma pequena parte deles encaminha o paciente ao cirurgião-dentista. As mães informaram ter recebido poucas informações sobre erupção no período pré-natal e baixo nível de satisfação com as informações recebidas.

Conclusão:

A grande maioria dos pediatras e cuidadores relatou a presença de alterações orais e sistêmicas. Irritabilidade foi informada numa maior freqüência, seguida pelo hábito de levar mão à boca, salivação excessiva, anorexia, febre, distúrbios do sono e diarreia

Objective:

To identify signs and symptoms related to eruption,understand the occurrence of these alterations, and finally, identify the frequency and intensity of their appearance.

Method:

Questionnaires and surveys were conducted with 100 parents or legal guardians of children between the ages of six months and five years of age, and also with 100 pediatricians in the city of Fortaleza. The factors researched were the incidence of signs and symptoms during dental eruption, aiming to discover which were most common, which methods of treatment were used and other aspects related to the quality of information received by the mothers.

Results:

Of the pediatricians interviewed, 93.9% reported clinical alterations in their patients during dental eruption. The manifestations most commonly found were, in a decreasing order of frequency, irritability, the habit of taking the hand to the mouth, syalorrhea, anorexia, fever, fitful sleep and diarrhea. A great number of mothers reported visiting a doctor upon occurrence of these alterations, and also using teething rings and ointments. The pediatricians, for the most part, reported giving exclusive orientation as a treatment option, and, in some cases, prescribing symptomatic medication. A small part of these professionals referred the patient to a dentist. The mothers reported having received minimum information with regards to dental eruption during the pre-natal period and showed a low level of satisfaction with the information received.

Conclusion:

The vast majority of the pediatricians and caregivers demonstrated the presence of systemic oral manifestations. Irritability was reported in a higher percentage, followed by the habit of hand-to-mouth, excessive salivation, anorexia, fever, disturbance in the sleep and diarrhea.

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