Rev. odontol. UNESP; 35 (4), 2006
Publication year: 2006
O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de ansiedade ao tratamento odontológico entre pacientes da Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP.
Material e Método:
A amostra era composta por 60 pacientes tomados deforma não-probabilística. Como instrumento de medida, utilizou-se um formulário com questões para avaliação da ansiedade segundo a escala proposta por Corah e traduzida para o português por Pereira et al. Os dados foram descritos em forma de distribuição de freqüências, e as associações entre nível de ansiedade e sexo, idade, renda e educação foram analisadas pelo teste de qui-quadrado (χ2). Resultado:
A prevalência de ansiedade foi observada em 95 porcento dos pacients, tendo a maioria (53,3 porcento) apresentado nível moderado, 25,0% ansiedade baixa e 16,7% exacerbada; verificou-se associação significativa entre ansiedade e sexo (p = 0,001) e não-significativa para idade (p = 0,754), renda (p = 0,307) e nível de instrução (p = 0,711). O período de retorno ao tratamento odontológico a cada 6 meses foi observado em apenas 2 pacientes (3,3%), enquanto 40 % dos pacientes procuraram por atendimento apenas em situações de "dor". Entre os procedimentos que mais incomodaram os pacientes estão os que envolvem "motor de alta rotação" e "cirurgia", correspondendo a 21,7% em cada situação. Vinte por cento da amostra não se sentiram incomodados com qualquer procedimento odontológico, enquanto 10% se referiram a desconforto diante de qualquer procedimento a ser realizado. Conclusão:
Concluiu-se que a prevalência de ansiedade ao tratamento odontológico foi de 95 % com predomínio do gênero feminino e que, entre pacientes ansiosos, o retorno ao consultório ocorreu por motivo de dor
Objective:
The aim of this study was to estimate the prevalence of dental anxiety
among patients undergoing dental treatment at Araraquara Dental School – UNESP. Material and Methods:
It was performed a transversal study using a sample of convenience given by 60 patients. Dental anxiety was analysed using Corah’s Dental Anxiety Scale (DAS)11. It was applied descriptive statistics and chi-squared test (χ2) was used to determine the relationship between level of anxiety and sex, age (<35 age and 35 year and above), income and educational level. Results:
The results showed that 53.3% presented a moderate level of anxiety, 25% low level and 16.7% were fobic, leading to a prevalence of 95%. The association between level of anxiety according to sex was significant (p = 0.001) and it was non-significant in relation to age (p = 0.754), income (p = 0.307) and educational level (p = 0.711). Only two patients returned to visit the dentist within a 6-month period, while 40% looked for dental care when they had pain. The dental situations that produced anxiety were high-speed turbine (21.7%) and surgery (21.7%). Twenty percent of the sample didn’t feel uncomfortable about any kind of dental treatment, while 10% felt uncomfortable about any one of the proceedings. Conclusion:
The prevalence of dental
anxiety was 95%, with predominance in the female sex and anxious patients looked for dental treatment only when they had pain