Cost variation of antipsychotics in the public health system in Brazil: the implication for health resource use
A variação de custos de antipsicóticos no sistema público de saúde do Brasil: as implicações para o uso de recursos

J. bras. econ. saúde (Impr.); 9 (Suplemento 1), 2017
Publication year: 2017

Objective:

This study aimed to verify the variation on antipsychotics costs according to four unit costs paid by public health providers in Brazil.

Methods:

This cross-sectional study used the health provider perspective and bottom-up approach to evaluate 134 subjects with mental disorders, in regular use of antipsychotics, and living in 20 residential services in the city of Sao Paulo between 2011 and 2012. They were assessed for psychiatric diagnosis, the severity of symptoms, quality of life, independent living skills, pattern of health service use and treatments. The Brazilian version of Client Socio-demographic Services Receipt Inventory (ISDUCS) was used to assess health service and medication use. Four different values of unit costs for each antipsychotic were extracted from Medication Price Database (Banco de Preços de Saúde) by the Ministry of Health, Brazil.

Results:

Variability on the unit costs for chlorpromazine was found by 25,600 fold to the lowest values. Similarly, mean costs of chlorpromazine use per capita per diem varied between BRL 0.55 and BRL 357.87, that is, a difference by 650 fold to the lowest value.

Conclusion:

The great variability in the unit costs paid by public health providers for all antipsychotics hinders any guideline recommendation for the best cost-saving choice of antipsychotics. It is paramount to proceed cost-effectiveness studies verifying acceptable thresholds for treatments according to the national budget. Yet, monitoring public resource use on the antipsychotic purchasing is imperative to avoid waste of public resources.

Objetivo:

Este estudo verificou a variação de custos do antipsicóticos de acordo com quatro valores de unidade de custos pagas pelos provedores públicos no Brasil.

Métodos:

Estudo transversal utilizou a perspectiva dos provedores públicos de saúde e abordagem bottom-up para avaliar 134 indivíduos com transtornos mentais em uso regular de antipsicóticos, residindo em 20 residências terapêuticas na cidade de São Paulo entre 2011 e 2012. Foram mensurados os diagnósticos psiquiátricos, a gravidade dos sintomas, a qualidade de vida, habilidades de vida independente. O Inventário Sociodemográfico de Utilização de Serviços e Custos – ISDUCS (versão do Client Socio-demographic Service Receipt Inventory) foi utilizado para mensurar a frequência de utilização de serviços e de medicamentos. Quatro valores de unidades de custo para os antipsicóticos foram extraídos do Banco de Preços de Saúde do Ministério da Saúde do Brasil.

Resultados:

A variabilidade entre as unidades de custo para a clorpromazina foi de 25.600 vezes comparada com o menor valor, e o custo médio da clorpromazina per capita por dia variou de R$ 0,55 a R$ 357,87, uma diferença de 650 vezes o menor valor.

Conclusão:

A grande variabilidade entre as unidades de custos pagas pelo provedor público de saúde dificulta as recomendações dos guias clínicos em termos de escolher o antipsicótico menos custoso como primeira linha, sendo necessários estudos de custo-efetividade para verificar o limite máximo aceitável para a unidade de custo compatível com o orçamento nacional. O monitoramento do uso de recursos públicos para a aquisição de antipsicóticos é imperativo para impedir o desperdício de recursos públicos.

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