Idosos praticantes de treinamento resistido apresentam melhor mobilidade do que idosos fisicamente ativos não praticantes
Elderly resistance training practitioners have better mobility than physically active elderly non-practitioners

Rev. bras. ciênc. mov; 24 (1), 2016
Publication year: 2016

O processo de envelhecimento pode afetar negativamente a massa, a força muscular e a independência funcional. O declínio do tecido musculoesquelético interfere significativamente na capacidade funcional dos idosos. Porém, a prática regular de treinamento resistido (TR) pode postergar, minimizar ou até mesmo evitar estes declínios funcionais oriundos do processo de envelhecimento. O objetivo do presente estudo foi comparar variáveis de força muscular, mobilidade e independência entre idosos que praticam TR e idosos considerados fisicamente ativos pelo Questionário de Atividade Física Internacional (IPAQ), porém não praticantes do TR. Estudo transversal com grupo de comparação, observacional e não probabilístico. A amostra foi composta por 114 idosos, divididos em dois grupos: grupo TR (GTR), composto por 43 idosos praticantes de TR e grupo fisicamente ativos (GFA), composto por 71 idosos considerados fisicamente ativos, não praticantes de TR.

As variáveis coletadas foram:

sociodemográficas, de independência funcional, força e mobilidade.

Os instrumentos utilizados para a coleta desses dados foram:

questionário estruturado fechado, teste de sentar e levantar, teste de dinamometria de força de preensão manual, Escore de Lawton, Escala de Katz e TUG test, respectivamente. Aplicou-se o Test t de Student para amostras independentes para verificar diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Com relação às variáveis categóricas foi aplicado o teste do Qui-quadrado. O nível de significância mínimo para todos os testes estatísticos foi fixado em p<0,05. A amostra foi ajustada para sexo, idade, renda e escolaridade. Foram encontradas diferenças significativas entre os grupos em relação ao sexo, estado civil, renda e escolaridade (p<0,001). O grupo GTR apresentou média menor no tempo de deslocamento no TUG test (6,24±0,86 segundos) em relação ao GFA, que apresentou média de 11,24±4,26 segundos (p=0,035). Após serem realizados os ajustes estatísticos, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em relação ao Escore de Lawton, à força de preensão manual e no teste de sentar e levantar. Concluiu-se que idosos praticantes do TR apresentaram desempenho significativamente melhor no TUG test, o que está diretamente relacionado com a prevenção de quedas e fraturas.(AU)
The aging process can adversely affect the mass, muscle strength and functional independence. The decline of musculoskeletal tissue interferes significantly with the functional capacity of the elderly. However, the regular practice of resistance training (RT) may postpone, minimize or even avoid these functional declines arising from the aging process. The aim of this study was to compare variables of muscle strength, mobility and independence among older adults who practice TR and those considered still physically active by the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), who don’t practice the TR.

The sample consisted of 114 elderly individuals divided into two groups:

the resistance training group (RTG), composed of 43 elderly individuals practicing RT and the physically active group (GFA), composed of 71 elderly individuals considered physically active, but don’t practice TR.

The collected variables were:

sociodemographic, functional independence, strength and mobility. The instruments used to collect such data were closed structured questionnaire, sitting and standing up test, handgrip strength dynamometry test, Lawton Score, Katz Scale and TUG test, respectively. We applied the Student's t test for independent samples to verify statistically significant differences between the groups. Regarding the categorical variables we used the chi-square test. The minimum level of significance for all statistical tests was set at p <0.05. The sample was adjusted for sex, age, income and education. Significant differences were found between the groups in relation to sex, marital status, age, income and education (p <0.001). The RTG group had lower average in commuting time in the TUG test (6.24 ± 0.86 seconds) in relation to the AFG, which had a mean of 11.24 ± 4.26 seconds (p = 0.035). After statistical adjustments, no statistically significant differences were found between the groups regarding the Lawton Score, the handgrip strength dynamometry test and the sitting and standing up test. It was concluded that RT elderly practitioners had significantly better performance in the TUG test, which is directly related to the prevention of falls and fractures.(AU)

More related