A recente decisäo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia determinando uma série de procedimentos de Cirurgia Refrativa, como ainda de uso apenas experimental, levou a uma salutar discussäo dentro dessa especialidade sobre o seu próprio exercício e limites de atendimento, bem como da conceituaçäo e realizaçäo das atividades de pesquisa. Trata-se de assunto de importância crescente, pela explosäo tecnológica, seus riscos e possíveis aplicaçöes na medicina. Existem normas, conceitos morais e éticos (nacionais e universais) que determinam a maneira correta de realizar a pesquisa "in anima nobibli", a mais perigosa, grave e séria de todas as pesquisas. Quem no Brasil pode realizar pesquisa "in anima nobili"? Em que situaçöes? Em que locais? Pode-se cobrar de paciente submetido à experimentaçäo? Ele pode exigir indenizaçäo? Quais os direitos, deveres do médico, da instituiçäo, do paciente? As respostas estäo no Código de Ética Médica, na Declaraçäo de Helsink e na Resoluçäo no. 01/88 do Conselho Nacional de Saúde que aprova as normas de pesquisa em Saúde no Brasil