Registo de saúde eletrónico: contributos para novos modelos organizacionais no sector público da saúde
Electronic health record: contributions to new organizational models in the public health sector

J. bras. econ. saúde (Impr.); 9 (2), 2017
Publication year: 2017

Objetivo:

O objetivo deste trabalho foi analisar os Registos de Saúde Eletrónicos, pertencente a utentes com internamento, numa unidade de cuidados de um hospital público, em Portugal.

Métodos:

Foram utilizados dados relativos ao ano de 2014 e 2015, referentes a 668 doentes, com 14.001 dias de internamento, 4.123 diagnósticos e 614.634 intervenções, pelo que podemos considerar a análise empírica robusta.

Resultados:

Em ambos os anos, é notório que os dados são bem aproximados por funções exponenciais, o que fica espelhado pelos coeficientes de determinação extremamente elevados, obtidos para cada um dos casos. Este facto têm como implicação que a maior parte do trabalho efetivo dos enfermeiros desta unidade de cuidados advém de um pequeno número de tipos de intervenção, sendo possível argumentar, de forma análoga ao verificado para os diagnósticos, o que tem impactos importantes ao nível da gestão.

Conclusões:

A análise dos dados revelaram potencial para a criação de indicadores e análise da qualidade. Os Registos de Saúde Eletrónicos permitem a medição de resultados e também a identificação de melhores práticas clínicas associadas a esses resultados, devendo ser visto como uma ferramenta de gestão e de investigação, que pode apoiar processos de trabalho e de inovação na prestação de cuidados.

Objective:

The objective of this study was to analyze the Electronic Health Registries, belonging to hospitalized patients, in a care unit of a public hospital in Portugal.

Methods:

Data were used for the year 2014 and 2015, referring to 668 patients, with 14,001 days of hospitalization, 4,123 diagnoses and 614,634 interventions, so we can consider the robust empirical analysis.

Results:

In both years, it is well known that the data are well approximated by exponential functions, which is mirrored by the extremely high coefficients of determination obtained for each case. This has the implication that most of the effective work of nurses in this care unit comes from a small number of intervention types, and it is possible to argue, in a way analogous to what was verified for the diagnoses, which has important impacts at the management level.

Conclusions:

Data analysis revealed potential for the creation of indicators and quality analysis. The Electronic Health Registers allow the measurement of results and also the identification of best clinical practices associated with these results, and should be seen as a management and research tool that can support work processes and innovation in the delivery of care.

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