Esta revisão tem como objetivo discutir o potencial antimicrobiano de diferentes enxaguatórios bucais em relação ao controle da cárie dentária e doença periodontal. A pesquisa foi realizada usando PubMed e as seguintes palavras-chave: “agente antimicrobiano” ou “agente antiplaca”, “biofilme dental” e “cárie dentária” ou “doença periodontal” ou “gengivite”. Foram selecionados os estudos publicados em inglês, de 2011 a 2015, em revistas com fator de impacto maior que 0,8. Foram encontrados no total 22 artigos, 13 relacionados à cárie dentária e 9 relacionados à doença periodontal. Entre os 13 estudos envolvendo bactérias e/ou biofilme cariogênicos, 6 foram realizados in vitro, 3 in situ e 4 in vivo. Entre os 9 estudos envolvendo doença periodontal, 2 foram in vitro e 7 in vivo.

Os principais agentes ativos testados foram:

CHX-Clorexidina, CPC-cloreto de cetilpiridínio e OE-óleos essenciais (com álcool ou sem álcool). A CHX foi comparada ao OE em 6 estudos, mostrando superioridade em 3 estudos, similaridade em 1 estudo e inferioridade em 2 estudos. CPC mostrou menor efeito na redução da placa em comparação à CHX e ao OE. Ainda há controvérsias sobre o efeito do álcool, mas alguns estudos têm mostrado superioridade no caso de OE e CHX com álcool sobre biofilmes cariogênicos e periodontopatogênicos, respectivamente, quando comparados à versão sem álcool; para o CPC, não foi encontrada diferença. Mais estudos clínicos são necessários para melhor compreensão sobre mecanismo de ação e as diferenças de desempenho entre os agentes antiplaca.(AU)