Marcadores inflamatórios como fatores preditivos para o efeito antidepressivo dos inibidores seletivos da recaptura de serotonina (ISRS)
Inflammatory markers as predictive factors for selective serotonin reuptake inhibitors (SSRI) antidepressant effect

Rev. med. (Säo Paulo); 96 (2), 2017
Publication year: 2017

Introduction:

Data have supported the influence of inflammation in the pathophysiology of depression and also the influence of depression in the development of a pro-inflammatory state. Major depressive disorder (MDD), the core depressive condition, has selective serotonin reuptake inhibitors (SSRI) as its first line pharmacological treatment. Efforts have been made to identify predictive factors for the responsiveness to SSRI. Therefore, we conducted this review to evaluate the hypothesis that baseline levels of inflammatory markers predict the responsiveness of MDD to SSRI treatment.

Methods:

A search in the PubMed database was made including the keywords (“SSRI” or “sertraline” or “citalopram” or “fluvoxamine” or “escitalopram” or “fluoxetine” or “paroxetine”) and (“cytokines” or “CRP” or “TNF” or “inflammatory”) and (“major depressive disorder” or “major depression”).

Results:

The search retrieved 245 manuscripts, from which 12 fulfilled our inclusion criteria. The analysis of these manuscripts suggested that high levels of interleukin-6 (IL-6), interleukin-1β (IL-1β), tumor necrosis factor-alpha (TNF-α) and c-reactive protein (CRP) at baseline might predict low responsiveness of MDD to SSRI treatment. Confounders such as cognitive impairment, chronicity and severity of depression, melancholic subtype, age and gender were not systematically included in the studies.

Conclusion:

Findings of this review suggest that high levels of pro-inflammatory markers at baseline might predict low responsiveness of MDD to SSRI treatment. Studies with adequate control for confounders are needed.
A influência da inflamação na fisiopatologia da depressão e o papel da depressão no desenvolvimento de um estado pró-inflamatório têm sido apoiados por diversos estudos. O transtorno depressivo maior (TDM), principal diagnóstico de depressão, tem os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) como tratamento farmacológico de primeira linha. Esforços têm sido feitos para identificar fatores preditivos da responsividade ao tratamento antidepressivo os ISRS. Portanto, esta revisão tem como objetivo avaliar a hipótese de que níveis basais de marcadores inflamatórios predizem a responsividade do TDM ao tratamento com ISRS.

Métodos:

Pesquisamos o banco de dados PubMed, incluindo as palavras-chave (“ISRS” ou “sertralina” ou “citalopram” ou “fluvoxamina” ou “escitalopram” ou “fluoxetina” ou “paroxetina”) e (“citocinas” ou “CRP” ou “TNF” ou “inflamatório”) e (“transtorno depressivo maior” ou “depressão maior”).

Resultados:

A pesquisa identificou 245 manuscritos, dos quais 12 satisfizeram os critérios de inclusão e exclusão e foram incluídos nesta revisão. A análise destes manuscritos sugeriu que níveis elevados de interleucina 6 (IL-6), interleucina 1β (IL-1β), fator de necrose tumoral – alfa (TNF-α) e proteína C-reativa (PCR) na avaliação basal podem prever baixa responsividade da depressão ao tratamento com ISRS. Fatores de confusão como deficiência cognitiva, cronicidade e gravidade da depressão, subtipo melancólico, idade e sexo, não foram sistematicamente incluídos nos estudos.

Conclusão:

Os achados desta revisão sugerem que níveis elevados de marcadores pró-inflamatórios na avaliação basal podem predizer baixa responsividade do TDM ao tratamento com ISRS. Estudos com controle adequado para fatores de confusão são necessários.

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