Ortho Sci., Orthod. sci. pract; 10 (39), 2017
Publication year: 2017
Introdução:
Os aparelhos de protração mandibular fixos, como o Forsus Fatigue Resistant Device, constituem uma alternativa para o tratamento da má oclusão de Classe II, sobretudo nos casos de pacientes pouco colaboradores. Contudo, assim como outros aparelhos de protração mandibular, o Forsus apresenta tendência à vestibularização dos dentes anteroinferiores, o que o contraindica para pacientes que apresentem essa característica prévia. Com o intuito de controlar esse processo, dispositivos de ancoragem esquelética podem ser associados aos aparelhos de protração mandibular fixos como método de ancoragem. Objetivo:
Apresentar a aplicação conjunta do aparelho Forsus com reforço de ancoragem por meio de mini-implantes para o controle da vestibularização de incisivos inferiores. Método:
Foram instalados 2 mini-implantes (Neodent 1,6 x 10 mm) na região mesial ao primeiro molar e, em seguida, esses dispositivos foram conectados ao fio ortodôntico e associados ao aparelho Forsus. Para avaliação da posição dos incisivos inferiores com a utilização do conjunto Forsus/mini-implante foram realizadas medidas cefalométricas (IMPA, 1.NB, 1-NB, ANB, trespasses vertical e horizontal) em 4 momentos: inicial (T0), antes da instalação do conjunto (T1), final de tratamento (T2) e 1 ano após remoção (T3), por meio do programa Dolphin 11.5. Resultados:
Ao avaliar os dados cefalométricos obtidos pela diferença entre T2 e T1, observou-se aumento do IMPA (3,7°) e do 1.NB (0,7°), além da diminuição dos trespasses horizontal (3,2 mm) e vertical (2,5 mm), do 1-NB (1,5 mm) e do ANB (2,9°). Verificou-se ainda, que um ano após o término do tratamento (T3), os valores relacionados à inclinação dos incisivos inferiores foram mantidos. Conclusão:
O conjunto Forsus/mini-implante permitiu o controle da inclinação dentária anteroinferior por meio do reforço de ancoragem oferecido pelos dispositivos de ancoragem esquelética temporários. Estudos clínicos prospectivos randomizados são necessários para demonstrar de forma mais abrangente os efeitos desta proposta terapêutica. (AU)
Introduction:
Fixed mandibular protraction appliances, such as the Forsus Fatigue Resistant Device, are an alternative for Class II maloclusion treatment, especially in cases of non-cooperative patients. However, similarly to other mandibular protraction appliances, the Forsus device shows a tendency to vestibularization of the anterior inferior teeth that contraindicates it for patients who have this previous characteristic. In order to control this process, skeletal anchoring devices can be associated with fixed mandibular protraction appliances as an anchoring method. Objective:
To introduce the joint application of Forsus appliance with anchorage reinforcement through mini-implants to control the vestibularization of lower incisors. Method:
Two mini-implants (Neodent 1.6 x 10 mm) were installed in the mesial region of the first molar, and then these devices were connected to the orthodontic wire and associated with the Forsus appliance. In order to assess the position of the lower incisors using the Forsus/mini-implant assemblage, cephalometric measures (IMPA, 1NB, 1-NB, ANB, vertical and horizontal trespasses) were performed at 4 moments: initial (T0), before the installation of the assemblage (T1), end of treatment (T2), and 1 year after removal (T3), using Dolphin 11.5 program. Results:
When evaluating cephalometric data obtained by the difference between T2 and T1, an increase in IMPA (3,7 °) and 1NB (0,7 °) was observed, in addition to a decrease in horizontal (3,2 mm) and vertical trespasses (2,5 mm), in 1-NB (1,5 mm) and of ANB (2,9°). Moreover, it was observed that one year after the end of the treatment (T3), the values related to the inclination of the lower incisors were maintained. Conclusion:
The Forsus/ mini-implant assemblage allowed the control of the anterior-inferior tooth inclination by reinforcing the anchorage offered by the temporary skeletal anchorage devices used. Randomized prospective clinical trials are needed to demonstrate more comprehensively the effects of this therapeutic proposition.(AU)