Reconstrução de couro cabeludo com retalho supragaleal: uma boa opção para grandes avulsões de escalpo
Scalp reconstruction with supragaleal flap: a great option for large scalp avulsion
Rev. bras. cir. plást; 32 (3), 2017
Publication year: 2017
O tratamento de grandes defeitos no couro cabeludo permanece um desafio, a despeito de muitas opções terapêuticas. De acordo com a localização, tamanho e profundidade da lesão, assim como características do paciente, o cirurgião plástico poderá optar dentre inúmeras técnicas com graus variados de complexidade, como enxertos de pele, expansores teciduais, retalhos locais ou livres, entre outras. A microcirurgia revolucionou a cirurgia plástica reparadora e se configura como padrão ouro de tratamento em casos complexos, no entanto, está disponível apenas nos grandes centros. Observando essa limitação, devemos nos ater ao preceito da escada reconstrutora, que prioriza uso da técnica mais simples possível e também deve ser aplicada em casos de ferimentos de escalpo. Nesse artigo demonstramos, em um caso de traumatismo numa menina de 4 anos de idade com perda de aproximadamente um terço do escalpo incluindo áreas de pericrânio, que é possível a reconstrução do couro cabeludo com a rotação de um retalho supragaleal seguida de enxertia de pele parcial sobre a gálea. Essa é uma técnica reprodutível e com curta curva de aprendizado, sendo uma opção bastante interessante para esses casos.
The treatment of large scalp defects remains a big challenge, even though several therapeutic options are available. According to localization, size and depth of injury, and patient's characteristics, the plastic surgeon may use techniques such as skin graft, tissue expanders, local or free flaps. Microsurgery has revolutionized reconstructive plastic surgery and is the gold standard for more complex cases. However, it is available only in large centers. Using the simplest technique is a broadly accepted concept that should be applied to scalp wounds as well. In this paper, we report a case of trauma of a 4 year-old child who lost approximate one third of the scalp including pericranium areas, that it is possible to reconstruct the scalp by rotating a supragaleal flap followed by a skin graft over the galea. This is an easily reproducible technique with a short learning curve, and therefore is an interesting option for large scalp injuries.