Escores clínicos e diagnósticos por imagem na fibrose cística
Clinical Scores and Diagnostic Imaging in Cystic Fibrosis

Rev. méd. Minas Gerais; 22 (supl.7), 2012
Publication year: 2012

Objetivo:

rever a literatura, verificando o papel da tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) do tórax no acompanhamento de crianças e adolescentes com fibrose cística.

Método:

o levantamento bibliográfico foi realizado a partir das informa- ções disponibilizadas pelas bases de dados Medline, MD Consult, Highwire, Medscape, LILACS e por pesquisa direta dos últimos 10 anos, utilizando-se os termos cysticfibrosis, tomography, spirometry e children.

Resultados:

foram selecionados 21 artigos originais em revisão não sistemática. A TCAR do tórax é um bom método, uma vez que é preconizada para a avaliação do parênquima pulmonar, devido às características do comprometimento pulmonar na fibrose cística.

Permite a identificação das principais alterações relacionadas à fibrose cística:

bronquiectasias, espessamento peribrônquico, plugs mucosos e hiperinsuflação/enfisema, além de consolidações, atelectasias e lesões bolhosas. Realizada na rotina para determinar as alterações estruturais pulmonares, a TCAR também tem indicação nos casos de piora clínica significativa, independentemente da idade do paciente. A questão sobre o melhor momento para sua realização também carece de estudos clínicos e normalmente é baseada em protocolos de serviços. Estudos comparativos entre a espirometria e o escore clínico-radiológico de Shwachman- -Kulczycki mostraram forte correlação positiva entre este e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) (r=0,75, P<0,001 e r=0,50, P≤0,01). Porém, enquanto a TCAR mostrou alterações estruturais significativas, a espirometria exibiu mínima progressão ou pouca melhora no padrão. Muita atenção deve ser dada à questão da radiação ionizante e à quantidade de radiação a que o paciente é exposto.

Conclusão:

não há ainda papel definido para a TCAR no acompanhamento aos pacientes com fibrose cística. À medida que técnicas de baixa dose são desenvolvidas, pode-se vislumbrar a TCAR como um excelente método de avaliação do comprometimento pulmonar dos jovens menores de seis anos e, por isso, impossibilitados de realizar as provas de função pulmonar. (AU)

Objective:

To review the literature, verifying the role of high resolution computed tomography of the chest in the monitoring of children and adolescents with cystic fibrosis.

Method:

The bibliographic survey was based on information released by the Medline, MD Consult, Highwire, Medscape, LILACS, and direct search of the past 10 years, using the terms cysticfibrosis, tomography, spirometry and children.

Results:

We have selected 21 original articles on non-systematic review. The High Resolution Computed Tomography (HRCT) is a good method, since it is recommended to evaluate the lung parenchyma, due to the characteristics of lung impairment in cystic fibrosis. Allows identification of the main changes related to cystic fibrosis bronchiectasis, peribronchial thickening, mucus plugging and hyperinflation / emphysema, as well as consolidation, atelectasis, and bullae. Performed routinely to determine the structural abnormalities, HRCT is also indicated in cases of clinically significant worsening of the patient regardless of age. The question about the best time to perform it also lacks clinical studies and is usually based on service protocols. Comparative studies of spirometry and clinical-radiologic Shwachman-Kulczycki show that a strong positive correlation between this and FEV1 (r=0.75, P<0.001 and r=0.50, P≤ 0.01) but while HRCT showed significant structural changes spirometry showed minimal progression or improvement in the standard. Great attention should be given to the issue of ionizing radiation and the amount of radiation to which the patient is exposed.

Conclusion:

There is still a role for HRCT in monitoring patients with Cystic Fibrosis. As low-dose techniques are developed one can glimpse the HRCT as an excellent method for evaluation of pulmonary involvement of young pacient under the age of 6 years, and therefore unable to perform pulmonary function tests.

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