A importância do vínculo materno na construção do Eu e do Não-Eu
The Importance of the Maternal Link in the Construction of the Self and the Non-Self

Rev. Bras. Psicoter. (Online); 19 (1), 2017
Publication year: 2017

Este trabalho realizou uma revisão teórica a partir do referencial psicanalítico sobre a importância e os impactos do vínculo materno na estruturação do Ego e reconhecimento do outro. A mãe tem um papel de fonte de alimento não somente físico, mas também psíquico para a estruturação do mundo interno da criança. Quando a função materna não consegue proporcionar o suporte/apoio necessário para o desenvolvimento seguro e saudável do bebê, isso pode gerar uma desestruturação na noção do Eu. Torna-se difusa a concepção e noção de Ego enquanto sujeito diferenciado e com características próprias de separação do outro. A mãe, quando estabelece relações afetivas de manejo e sustentação, auxilia o indivíduo a se perceber como ser único e integrado. A sociedade capitalista encontra na fragilidade psíquica, advinda da falha no vínculo materno, um meio de lucrar com o sofrimento. A cultura incentiva as relações superficiais e a falta de experiências genuínas de afeto, transformando-se em um agente esvaziador de significado, que gera um querer sem limites. O sentimento de vazio, causado pela falha na vinculação materna, pode causar adoecimento psíquico, devido à busca incessante para preencher essa lacuna na formação e estruturação do Ego. Conclui-se com este estudo que o sujeito precisa ter vínculos afetivos verdadeiros para a formação saudável do Eu; é necessário capacitar os profissionais da área da saúde para que desenvolvam um olhar mais integrado sobre a maternidade e gerar uma reflexão sobre o nosso papel enquanto sociedade que contribui para o fortalecimento/empobrecimento das relações afetivas.(AU)
This article made a theoretical review from psychoanalysis on the importance and the impact of maternal bond in structuring the Ego and recognizing the other. The mother has a food source paper not only physical but also psychological for structuring the child's inner world. When the maternal function cannot provide support / support necessary for the safe and healthy development of the baby, this may generate a disruption in the I sense. It becomes diffuse the design and concept of Ego as subject differentiated and characteristics of separation from the other. The mother when establishing affective relations management and support helps the individual to be perceived as a unique and integrated. Capitalist society is the psychic fragility, arising from maternal bond failure, a means to profit from the suffering. The culture encourages the superficial relationships and the lack of genuine experiences of affection, becoming an emptier agent meaning that generates want without limits. The feeling of emptiness, caused by the failure in maternal attachment, can cause mental illness, due to the incessant search to fill this gap in the formation and structuring of the ego. The conclusion to this study that the bloke need to have true affective bonds for healthy formation of the Self; It is necessary to enable health professionals to develop a more integrated look at motherhood and generate a reflection on our role as a society that contributes to the strengthening / impoverishment of personal relationships.(AU)

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