Arq. bras. oftalmol; 64 (1), 2001
Publication year: 2001
Objetivo:
Este estudo buscou verificar se a prescriçäo adequada de lentes corretoras pode ser realizada exclusivamente com os dados fornecidos pela refraçäo automática objetiva. Métodos:
Todos os pacientes foram submetidos a anamnese, exame oftalmológico. A refraçäo clínica, por meio de recursos propedêuticos clássicos näo-automatizados objetivos e subjetivos para prescriçäo de lentes corretoras ("gold standard"), seguido por exame no refrator automático TOPCO N KR3000. Resultados:
Foram estudados 1001 olhos de 504 pacientes, dos quais 45,2 por cento, do sexo masculino. A média de idade foi de 36,6 anos. O índice geral de concordância de diagnóstico entre refraçäo clínica e refraçäo automática objetiva foi de 66,7 por cento .Considerando-se tolerância de -0,50 a +0,50 DE, o índice de concordância quanto ao componente esférico foi de cerca de 90 por cento .Houve concordância em 27,60 por cento dos astigmatismos hipermetrópicos e miópicos simples e de 97 ,7 por cento nos astigmatismos compostos e no astigmatismo misto. A cicloplegia näo alterou de maneira estatisticamente significante o índice de concordância de diagnóstico. O eixo das lentes cilíndricas indicado pela refraçäo automática objetiva apresentou proximidade estatisticamente significante ao eixo da refraçäo clínica. Conclusäo :
A refraçäo automática objetiva fornece dados úteis para a prescriçäo de lentes corretoras, desde que se levem em consideraçäo variáveis como uso prévio ou näo de óculos, idade e cicloplegia. A prescriçäo de lentes corretoras näo pode ser realizada exclusivamente com dados fornecidos pela refraçäo automática objetiva.