A hipertrofia de masseter é uma entidade benigna que pode apresentar envolvimento uni ou bilateral, sendo comumente assintomática. A etiologia ainda é desconhecida, porém, fatores como bruxismo, apertamento dental, desordens internas da articulação temporo-mandibular e trauma são considerados como possíveis agentes etiológicos. O diagnóstico é basicamente clínico, sendo que exames radiográficos contribuem para a identificação de envolvimento ósseo ao nível de ângulo mandibular. O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador. O presente trabalho tem como objetivo relatar 41 casos de hipertrofia de masseter em 22 pacientes operados no Setor de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Central da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no período correspondente entre março de 1998 a setembro de 2000. Dentre os pacientes operados não foi diagnosticado nenhum caso de infecção e apenas três pacientes evoluíram com assimetria no pós-operatório tardio, sendo que a correção cirúrgica de masseter foi considerada um procedimento viável e adequado para o tratamento desta entidade