Acompanhando o processo de envelhecimento do conjunto da população , o número e a demanda por instituições geriátricas têm aumentado. Geralmente a condição de saúde bucal de idosos residentes em instituições é deficiente e a manutenção da higiene bucal apresenta-se como um problema. O objetivo deste estudo é descrever a condição de higiene bucal de idosos residentes em instituições geriátricas de pequeno porte na cidade de Porto Alegre e relacioná-la com variáveis independentes: sexo, idade, tempo de institucionalização e nível de dependência dos residentes, número de cuidadores e preço mensal cobrado pela instituição. A análise da condição de higiene bucal dos idosos foi realizada segundo os princípios que regem a determinação do índice de placa em dentes de Silness e Loë e do índice de placa em prótese de Ambjornsen. O índice de placa médio em dentes resultou 2,24. No exame em próteses, o índice de placa médio apurado atingiu 7,14. A má condição de higiene bucal dos idosos prevalece indiscriminadamente na população pesquisada, quando avaliada segundo as variáveis independentes sexo, idade, tempo de institucionalização, preço mensal cobrado pela da casa geriátrica e número de cuidadores na instituição, pois não apresentaram diferença estatística significante em relação à presença ou à quantidade de placa em dentes e en próteses. O grau de dependência do idoso foi a única variável que apresentou diferença estatística entre as médias (p=0,024). Idosos independentes apresentaram média de placa em dentes inferior àqueles moderadamente dependentes ou dependentes. Conclui-se que a condição de higiene bucal das pessoas idosas examinadas é considerada ruim e requer ações multisciplinares e interinstitucionais capazes de reverter o quadro de negligência continuada