Pesqui. bras. odontopediatria clÃn. integr; 5 (2), 2005
Publication year: 2005
Objetivo:
Descrever a realidade dos maus tratos a crianças e adolescentes na cidade de Blumenau-SC, avaliando o conhecimento e atitude de dentistas do SUS e do setor privado diante dessas situações. Método:
Indutivo, através de pesquisa documental dos arquivos do IML no perÃodo de 1 ano(2003) e observação direta extensiva, através de questionários. Resultados:
Foram registrados 452 casos, sendo do sexo feminino 52 por cento, masculino 48 por cento; idade : 0 a 3 5 por cento; 4 a 12 anos 34 por cento; mais de 13 anos 61 por cento. Agressor:
34 porcento o pai; em 8 porcento mãe; 37 por cento conhecidos; 11 por cento familiares e 10 porcento outros. Localização das lesões:
cabeça e pescoço 44 por cento, sendo: lábio 14 por cento; intra-bucal 4 por cento; órbitas 23 por cento; anriz 12 por cento. Tipos de lesão:
equimose 44 por cento; escoriação 36 por cento; corte 21 por cento; fratura dental 1,5 porcento; extrusão 1 por cento. Experiência dos dentistas:
35 porcento já atenderam casos de maus-tratos e 65 por cento nunca. Identificam os casos por:
aspectos fÃsicos 13 por cento; comportamentais 6 por cento; fÃsicos e comportamentais 55 por cento; fÃsicos e história dos pais 3 por cento; fÃsicos, comportamentais e história dos pais 19 por cento. Atitudes mais adotadas:
aguarda e observa 23 por cento; denuncia 29 por cento; busca informação 19 por cento; não sabem 29 por cento. Julgam-se despreparados 84 por cento. Dificuldades para denunciar:
receio das consequências 6 por cento; falta de conhecimento 32 por cento; incerteza da suspeita 42 por cento. Conclusão:
A prevalência de lesões por MTC é alta e sua localização de fácil identificação pelo CD que necessita de mais informação e conhecimento para adotar uma atitude determinada e positiva frente aos casos de violência infantil, devendo estar apto a efetuar a denúncia de suspeita conforme sua responsabilidade ética e legal
Objective:
Describe the child abuse in Blumenau-SC, valuating the dentist known and attitude in these situations with professionals of SUS (Public Health System) and private
sector. Method:
Inductive, with documental research on IML (Legal Medical Institute) archive, in one year's period (2003), and extensive direst observation through questionnaires. Results:
Was recorded 452 cases: 52% female, 48% male; age: 0 to 3 years old 5%, 4 to 12 years old 34%, more than 13 years old 61%; abuser: 34% father, 8% mother, 37% acquaint person, 11% relatives and 10% others. Lesions localizations:
head and neck 44%; lips 14%; intra-oral 4%; orbits 23%; noose 12%. Kinds of lesions:
equimoses 44%; scratch 36%; cut 21%; teeth fracture 1.5%; teeth extrusion 1%. Dentist experience:
35% have attended some case of child abuse e 65% never. Identify cases by:
physical aspects 13%; child behave 6%; physical aspects and child behave 55%; physical aspects and parents account 3%; physical aspects and child behave and parents account 19%. More frequent attitudes:
wait and observation 23%; report 29%; search information 19%; don't know 29%. Consider them self inability 84%. Difficulty to report:
afraid of the consequences 6%; lack of know 32%; unsure of the suspect 42%. Conclusion:
The frequency abuse lesions in child is high and its localization easy to identify by the dentists
that need more information and specific know to adopt a decided and positive attitude in this cases, must to be able to report the suspect according to their legal and ethical responsibility.