Condiçöes de adaptaçäo e venda de lentes de contato em óticas do estado de Säo Paulo
Conditions of contact lenses fitting and sale by optician stores Säo Paulo state

Arq. bras. oftalmol; 64 (5), 2001
Publication year: 2001

Objetivo:

Avaliar as condiçöes de adaptaçäo e venda de lentes de contato (LC) em óticas de quatro cidades do Estado de Säo Paulo, Brasil.

Métodos:

Realizou-se estudo por meio de respostas a um questionário aplicado por quatro estudantes de Medicina em óticas situadas em várias cidades do Estado de Säo Paulo. Foram obtidos dados sobre a necessidade da apresentaçäo de receita médica para a compra das LC, os tipos de LC vendidas/ adaptadas, o profissional que orienta a venda e/ou adaptaçäo, os equipamentos usados no teste de tolerância, a conduta do cliente diante de complicaçöes quando da adaptaçäo da LC ou durante o uso, orientaçäo quanto a possíveis sinais e sintomas de perigo, as doenças que contra indiquem o uso e a higiene do usuário, as horas de uso e a possibilidade de pernoite.

Resultados:

Das 198 óticas pesquisadas,121(61,11 por cento) vendem LC. Näo foi necessária receita médica para a compra das lentes em 112 óticas (92,56 por cento), sendo que nessas, a graduaçäo era determinadapela medida dos óculos em 69 (61,61 por cento) casos e porrelato verbal em 28 (25,00 por cento) casos. Quanto aos equipamentos, 102 (91,07 por cento) óticas possuíam lensômetro; 41(36,61 por cento) possuíam ceratômetro e 14 (12,50 por cento), lâmpada de fenda. Lentes descartáveis hidrofílicas foram encontradas para venda/adaptaçäo em 66 (54,55 por cento) óticas; lentes hidrofílicas de uso prolongado ou diário em 68 (56,20 por cento) e lentes rígidas, em 54 (44,63 por cento). Em 103 (85,12 por cento) óticas, foram feitos testes de tolerância, sendo os responsáveis pelo atendimento e pela monitorizaçäo dos testes os profissionais autodenominados contatólogos em 78 (64,46 por cento) dessas óticas, balconista em 20 (16,53 por cento), óptico em 12 (9,92 por cento) e oftalmologistas em 9 (7,44 por cento). Quanto às complicaçöes na adaptaçäo, em 66 (54,55 por cento) óticas, afirmou-se que elas só ocorreriam, se evidenciadas no teste de tolerância; em 35 (28,93 por cento), aconselhou-se tratamento com oftalmologista e em 20 (16,53 por cento), sugeriu-se o retorno à ótica para indicaçäo de tratamento. Em apenas 15 (13,39 por cento), o profissional orientou quanto à possível sintomatologia de perigo e em 13 (11,61 por cento), preocupou-se com doenças que contra-indicassem o uso de LC. Em 105 (93,75 por cento) óticas, a orientaçäo foi insuficiente em relaçäo à higiene com as LC, às horas de uso e à possibilidade de pernoite...

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