Arq. bras. oftalmol; 66 (1), 2003
Publication year: 2003
Objetivos:
Avaliar a frequência dos tipos de glaucoma no Setor de Glaucoma do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Métodos:
estudo Transversal de 329 pacientes atendidos no Setor de Glaucoma da Universidade Estadual de Campinas entre 1 de outubro e 20 de dezembro de 2000, com avaliação dos tipos de glaucoma e conduta terapêutica. Resultados:
De 329 pacientes atendidos no Ambulatório de Glaucoma, 132 foram encaminhados ao ambulatório por suspeita de glaucoma (40,1 por cento) e 197 como glaucoma diagnosticado (59,9 por cento). Dos 132 suspeitos de glaucoma, 90 (68,2 por cento) foram confirmados como tendo glaucoma e 42 (31,8 por cento) encontraram-se em acompanhamento. Dos 329 pacientes avaliados, 238 (86 por cento) tinham glaucoma, 42 (12,8 por cento) suspeita de glaucoma, 2 (0,6 por cento) diagnóstico de glaucoma excluído e 2 (0,6 por cento) hipertensão ocular. Dos 530 olhos glaucomatosos, havia 298 (56,2 por cento) glaucomas primários de ângulo aberto, 108 (20,4 por cento) glaucomas primários de ângulo estreito, 21 (4 por cento) glaucomas pós-facectomia, 19 (3,6 por cento) glaucomas congênitos e 16 (3 por cento) glaucomas de pressão normal. A conduta terapêutica odotada foi inicialmente clínica em todos os casos. Após seguimento médio de 10,5 meses, 89 (16,8 por cento) olhos necessitaram tratamento com laser: 72 (13,6 por cento) iridotomias, 7 (1,3 por cento) trabeculoplastias e 10 (1,9 por cento) panfotocoagulações. Cento e setenta e cinco olhos (33 por cento) foram submetidos a tratamento cirúrgico. Conclusão:
O tipo mais frequente de glaucoma observado foi o glaucoma primário de ângulo aberto, seguido por glaucoma primário de ângulo estreito. Glaucomas como o de pressão normal e o pseudo-exfoliativo foram pouco frequentes na população estudada.