Percepção de diretores, professores e berçaristas de creches públicas sobre traumatismos orofaciais
Perception of the directors, professors and nursery school professionals of public day-care centers on the orofacial trauma

Rev. odontol. UNESP (Online); 39 (3), 2010
Publication year: 2010

Introdução:

o traumatismo orofacial representa um problema de saúde pública, devido à prevalência expressiva, de forma particular na primeira infância, e às conseqüências que pode gerar. No entanto, lacunas de informação existem sobre esse tema na educação infantil.

Objetivo:

o objetivo deste estudo foi verificar a percepção dos diretores, professores e berçaristas de creches públicas sobre as situações de traumatismo orofacial.

Material e método:

estudo observacional, em corte transversal, com abordagem quantiqualitativa e descritiva dos dados. O cálculo amostral envolveu 30% das creches públicas de Campina Grande, Paraíba, vinculadas a programa de referência na atenção integral à criança. A amostra foi composta pela equipe de educação infantil, nesses estabelecimentos. Entrevista face a face com aplicação de questionário representou o instrumento da coleta de dados, realizada durante os meses de fevereiro e março do ano de 2009.

Resultado:

das 58 voluntárias, 72,4% eram professoras, 22,4% berçaristas e 1,2% diretoras, com uma idade de 37 anos e oito anos de experiência em média, além da escolaridade no ensino médio. Dessas, 86.2% informaram não ter recebido orientações de como proceder nas situações de traumas orofaciais, ocorrendo relatos de experiência na creche por 44,8% das entrevistadas. Cortes ou lacerações nos lábios foram os traumatismos mais relatados (42,3%). O professor foi considerado como maior responsável pela atenção à criança vítima de traumatismo (34,5%), destacando-se o hospital (39,6%) como local de referência para atendimento.

Conclusão:

as voluntárias demonstraram falta de conhecimento sobre como proceder nas situações de traumatismos orofaciais. Reforça-se a necessidade de implantar medidas educativo-preventivas direcionadas ao assunto, nas creches.

Introduction:

Orofacial trauma represents a real problem in public health care due to its significant prevalence, particularly in early childhood, and the consequences it may have. Besides, there have been information gaps about this theme in childhood education.

Objective:

the study was designed to verify the perception of directors, teachers, and nursery school professionals of public nursery schools about cases of orofacial trauma.

Material and method:

observational study, in a transversal cut, with a descriptive quanti-qualitative approach of data. The samples calculus included 30% of public nursery schools in Campina Grande - PB, engaged in the reference program in total attention to children. The sample comprised the childhood education team in those institutions. Face-to-face interviews with questionnaires conducted in February and March, 2009 were used for collecting data.

Result:

a total of 58 volunteers were surveyed, being 72,4% of them experienced teachers, 22,4% nursery school professionals, and 1,2% directors aged, on average, 37 or 38 with secondary education at the minimum. 86,2% of the surveyed stated they have not given instructions to deal with possible cases of orofacial trauma, and 44,8% of them reported having experienced it in the nursery school. Cuts and lacerations on the lips were the traumatisms mostly reported by the professionals (42,3%). The teachers were responsible for dealing with most of the children who were victims of traumatism (34,3%), being surpassed by hospital admittance (39,6%) as the usual system for treatment.

Conclusion:

the volunteers presented no knowledge of the procedures to be used in situations involving orofacial trauma. Thus, we highlight the need to implant educative preventing measures related to this theme in public nursery centers.

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