COOPERAÇÃO INTERMUNICIPAL NA PERCEPÇÃO DE GESTORES DE SAÚDE
INTER-MUNICIPAL COOPERATION IN THE PERCEPTION OF HEALTH MANAGERS
COOPERACIÓN INTERMUNICIPAL EN LA PERCEPCIÓN DE LOS GESTORES DE SALUD
Rev. baiana saúde pública; 40 (2016) (3), 2017
Publication year: 2017
A cooperação entre governos busca o estabelecimento das relações de caráter cooperativo e a viabilização das ações de saúde e o acesso a estas. Este estudo qualitativo teve por objetivos descrever o processo de cooperação intermunicipal em saúde e identificar dificuldades, facilidades e potencialidades para a sua prática, com base na percepção dos gestores municipais de uma região de saúde da Bahia, Brasil. Os dados foram coletados em 18 entrevistas. As categorias de análise referiram o conhecimento e as práticas de cooperação intermunicipal em saúde e as dificuldades, facilidades e potencialidades nesse processo. Os resultados destacaram, dentre as práticas cooperativas implementadas na região, a pactuação e o expressivo uso da cooperação informal. As dificuldades apontadas foram a não implementação das metas estipuladas na Programação Pactuada Integrada por parte dos municípios executores, a falta de estrutura da Rede de Atenção à Saúde no seu caráter regional, o subfinanciamento e o partidarismo político. Quanto às facilidades/potencialidades, foi referido o processo de comunicação e a boa relação interpessoal entre os gestores, a existência da comissão enquanto espaço propiciador das discussões e negociações e a estrutura da rede de saúde municipal. Concluiu-se que a implementação das práticas cooperativas adequadas à realidade da região de saúde possibilitou a formação de uma rede estruturada, haja vista o caráter fortalecedor da cooperação intermunicipal para o processo de regionalização solidária.
Cooperation between governments seeks the establishment of cooperative relationships and the feasibility of health actions and the access to them. This qualitative study aimed to describe the process of inter-municipal cooperation in health and identify difficulties, facilities and potential for its practice based on the perception of municipal managers of a health region of Bahia, Brazil. The data were collected in 18 interviews. The analysis categories referred to the knowledge and the inter-municipal cooperation practices in health and the difficulties, facilities and capabilities in this process. The results highlighted, among the cooperative practices implemented in the region, the agreement and the expressive use of informal cooperation. The difficulties mentioned were the non-implementation of the goals set forth in the Integrated Agreement by the executor municipalities, the lack of the Health Care Network structure in a regional character, underfunding and political partisanship. As for the facilities/capabilities, it was referred to the process of communication and good interpersonal relationships between managers, the existence of the commission as a helping space of discussions and negotiations and the structure of the municipal health network. In conclusion, the implementation of appropriate cooperative practices to the reality of the health region enables the formation of a structured network, given the character of strengthening inter-municipal cooperation for the joint regionalization process.
Cooperation between governments seeks the establishment of cooperative relationships and the feasibility of health actions and access to them. Este estudio cualitativo tuvo como objetivo describir el proceso de cooperación intermunicipal en materia de salud e identificar las dificultades, facilitades y potencialidades para su práctica basándose en la percepción de los gestores municipales de la región sanitaria de Bahia, Brasil. Los datos se recogen en 18 entrevistas. Las categorías de análisis refieren a los conocimientos y prácticas de cooperación intermunicipal en materia de salud y las dificultades, las instalaciones y capacidades en este proceso. Los resultados destacan entre las prácticas de cooperación implementadas en la región el acuerdo y el uso expresivo de la cooperación informal. Las dificultades mencionadas fueron la falta de aplicación de los objetivos establecidos en la Programación Pactada Integrada, la falta de estructura de la red de servicios médicos en su carácter regional, la financiación insuficiente y la parcialidad política acordada integrada por los municipios ejecutores. En cuanto a las instalaciones/capacidades, se hace referencia al proceso de comunicación y buenas relaciones interpersonales entre los administradores, la existencia de la comisión como un espacio de ayuda a los debates y negociaciones y la estructura de la red municipal de salud. Se concluye que la implementación de prácticas de cooperación adecuadas a la realidad de la región sanitaria permite la formación de una red estructurada, dado el carácter de refuerzo de la cooperación intermunicipal para el proceso de regionalización conjunta.