Manejo perioperatório dos novos anticoagulantes orais
Perioperative management of new oral anticoagulants
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 27 (3), 2017
Publication year: 2017
Os novos anticoagulantes orais revolucionaram a terapia de anticoagulação ao propiciar
maior comodidade posológica e utilizar doses fixas, sem necessidade de acompanhamento
do efeito com séries de exames laboratoriais e com menor risco de interações medicamentosas
e alimentares. Porém, por serem medicamentos relativamente novos na prática clínica
e, até recentemente, não existirem antídotos específicos para a reversão do seu efeito, o
manejo no contexto perioperatório sempre gerou certo receio e questionamentos. O manejo
adequado dos novos anticoagulantes no perioperatório envolve a avaliação cuidadosa do
risco de tromboembolismo a que o paciente está sujeito na eventualidade da suspensão
desses agentes em comparação com o risco de sangramento associado à manutenção;
essa avaliação precisa abordar a susceptibilidade tanto de fatores relacionados com o
paciente quanto do próprio tipo da cirurgia. Publicações recentes conseguiram reunir as
evidências mais atuais que norteiam as estratégias de manejo desses medicamentos na
eventualidade de um procedimento cirúrgico
The new oral anticoagulants have revolutionized anticoagulant therapy by providing greater
dosage convenience, using fixed doses, without the need to monitor the effect with series
of laboratory tests, and with a lower risk of drug and food interactions. However, because
they are relatively new medications in clinical practice, and because until recently they did
not have specific antidotes to reverse their effect, their handling in the perioperative context
has always generated a certain fear and questioning. The proper management of the new
anticoagulants in the perioperative period involves a careful evaluation of the thromboembolic
risk to which the patient is subject in the event of suspension of these agents, compared
with the risk of bleeding associated with their maintenance; this evaluation must address
the susceptibility of both patient-related factors and the type of surgery. Recent publications
have been able to gather the most recent evidence, which guides the strategies for handling
these drugs in the event of a surgical procedure