Terapia anticoagulante na ablação e cardioversão elétrica da fibrilação atrial
Anticoagulant therapy in ablation and electric cardioversion of atrial ibrillation
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 27 (3), 2017
Publication year: 2017
tratamento da FA, os pacientes podem ser submetidos a atendimentos eletivos ou de
emergência para a reversão do ritmo, incluindo a cardioversão química ou elétrica, bem
como o tratamento intervencionista de ablação por cateter, visando a melhora dos sintomas
e da qualidade de vida. Em todas as modalidades do tratamento, a terapia anticoagulante
oral (ACO) é um dos pilares do tratamento da FA, indispensável para a prevenção
de eventos tromboembólicos. A incorporação dos chamados “anticoagulantes de ação
direta” (DOAC) no arsenal do tratamento representou um novo paradigma, com estudos
randomizados controlados e as evidências de mundo real demonstrando resultados de
eficácia e segurança comparáveis com relação à varfarina, com a vantagem de menor
interação medicamentosa e alimentar e menor risco de hemorragias catastróficas. O uso
de DOAC para o manejo de pacientes que serão submetidos ao procedimento de ablação
por cateter para o tratamento intervencionista da FA ou cardioversão elétrica/química é
hoje uma realidade cada vez mais presente e tem respaldo dos estudos randomizados
controlados e das experiências em vários centros hospitalares mundiais, com esquema e
programação mais simples e melhor comodidade no manejo da anticoagulação
Atrial fibrillation (AF) is the most frequent sustained arrhythmia in clinical practice.
During the course of AF, patients may be submitted to elective or emergency approaches
for rhythm reversal, including pharmacological or electrical cardioversion, as well interventional
treatment with catheter ablation, to improve the symptoms and quality of life. In all
treatment modalities, it is important to emphasize that oral anticoagulant therapy (OAC)
is one of the pillars of AF treatment, and is indispensable for preventing thromboembolic
events. The incorporation of so-called “direct oral anticoagulants” (DOACs) into the arsenal
of treatment represented a new paradigm, with randomized controlled trials and real-world
clinical evidence demonstrating comparable efficacy and safety to warfarin, with the advantage
of less drug and food interaction and less risk of catastrophic bleeding. The use of
DOACs for the management of patients undergoing catheter ablation for interventional AF
treatment or electrical/pharmacological cardioversion is increasingly used and supported
by randomized controlled trials and experiences in several worldwide hospital centers,
with a simpler regimen and programming and easier management of anticoagulation
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