Anticoagulantes não antagonistas da vitamina K na prevenção do acidente vascular cerebral
Non-vitamin K antagonist anticoagulants in the prevention of stroke

Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 27 (3), 2017
Publication year: 2017

O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) causado por fibrilação atrial (FA) é comum e mais grave que os de outra etiologia. Devido à eficácia e segurança maiores ou similares dos anticoagulantes orais diretos (DOAC) comparados à varfarina e à comodidade de uso, esses fármacos são considerados o tratamento de escolha na prevenção do AVCi por FA. Pacientes com FA e AVCi agudo apresentam alto risco de recorrência e devem ser submetidos à anticoagulação precoce, seguindo-se a “regra 1, 3, 6, 12 dias”. Nos casos de acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCh) durante o uso de (DOAC), pode-se recomendar o concentrado de complexo protrombínico, porém não há evidência que apoie essa conduta. O advento dos agentes reversores traz a oportunidade de ampliar o uso dos DOAC, porque proporcionam maior controle nas situações de urgência, como o AVC. Por serem mais fáceis de usar e apresentarem menor interação medicamentosa, os DOAC assumem um importante papel nos pacientes com declínio cognitivo. Pacientes com FA não devem ser excluídos do uso de anticoagulantes somente por apresentarem alto risco de quedas. Para pacientes com indicação de anticoagulação, os benefícios geralmente suplantam os riscos
Atrial fibrillation (AF)-related ischemic stroke (IS) is common and more severe than stroke due to other causes. Due to the greater or similar efficacy and safety to direct oral anticoagulants (DOAC) compared to warfarin, and their ease of use, these drugs are considered the treatment of choice for the prevention of AF-related stroke. Patients with AF and acute IS present a high risk of recurrent stroke and should be submitted to early anticoagulation, following the “1-3-6-12 day rule”. In cases of DOACs-related intracerebral hemorrhage (ICH), prothrombin complex concentrate (PCC) can be recommended for use, but there is no evidence to support this conduct. The advent of reversal agents brings the opportunity to increase the use of DOACs, because they provide better control in emergency situations, such as stroke. Because they are easy to use and present less drug interactions, DOACs play an important role in patients with cognitive decline. Patients with AF should not be excluded from the use of oral anticoagulants solely because they present high risk of falls. For patients with a valid indication for anticoagulation, the benefits generally outweigh the risks

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