J. Health Biol. Sci. (Online); 5 (4), 2017
Publication year: 2017
Introdução:
O Transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento terapêutico que consiste na infusão de sangue da medula óssea, em receptor
adequadamente compatível. Devido ao longo período de isolamento protetor e à toxicidade dos agentes quimioterápicos utilizados no regime de
condicionamento pré-transplante, ocorre uma restrição das atividades físicas do paciente e potencializa os efeitos deletérios para o sistema cardiopulmonar.
Objetivo:
Realizar uma revisão sistemática sobre a atuação da fisioterapia no cuidado a pacientes submetidos ao transplante de medula óssea. Materiais
e Métodos:
Estudo seccional e documental realizado por meio de revisão sistemática da literatura disponível nas bibliotecas virtuais de saúde: BIREME,
PEDro, PubMed e Scielo. Resultados:
Sete artigos foram selecionados e discutidos com outros trabalhos. Os estudos mostraram que a Fisioterapia pode
auxiliar no tratamento dos pacientes submetidos ao TMO, melhorando a função motora global ou auxiliando no tratamento dos sintomas apresentados,
além de se mostrar eficiente nas repercussões pulmonares, melhorando a força dos músculos respiratórios e a ventilação pulmonar, além de poder atuar
na avaliação da qualidade de vida desses pacientes utilizando questionário específico. Conclusão:
A Fisioterapia tem papel importante no tratamento
desses indivíduos, visando à melhoria da funcionalidade e da qualidade de vida, por meio de exercícios físicos e respiratórios, alongamentos e recursos
respiratórios fisioterapêuticos. Porém, a atuação da Fisioterapia nesse contexto ainda não está bem descrita na literatura, pois os artigos não detalham os
protocolos de reabilitação utilizados na intervenção dos pacientes pós-tratamentos de medula óssea, apenas citam a Fisioterapia em sua realização e sua
importância para uma melhor recuperação desses pacientes. É necessário o incentivo à pesquisa nesta área. (AU)
Introduction:
Bone marrow transplantation (BMT) is a therapeutic procedure consisting in the infusion of bone marrow blood, obtained from previously
selected donors into properly compatible patients. Due to the long period of protective isolation and toxicity of chemotherapeutic agents used in pretransplant conditioning, a restriction of physical activity of the patient occurs what enhances the deleterious effects on the cardiopulmonary system.
Objective:
To carry out a systematic review on the performance of Physiotherapy in the care of patients submitted to bone marrow transplantation.
Methods:
Cross-sectional documentary study by performing a systematic review of the available literature on virtual health libraries: BIREME, PEDro,
PubMed and SciELO. Results:
Seven articles were selected and discussed with other authors. Studies have shown that physical therapy can aid in the
treatment of patients undergoing BMT, improving overall motor function or assisting in treating the symptoms, besides showing itself efficient in reducing
pulmonary complications, improving the strength of respiratory muscles and lung ventilation. Another study showed that physical therapy can act in
assessing the quality of life of patients by using a specific questionnaire. Thus, the motor and respiratory therapy plays an important role in the quality
of life improvement. Conclusion:
Physiotherapy plays an important role in the treatment of these individuals in order to improve the functionality and
quality of life through physical and breathing exercises, stretches and breathing physiotherapy resources. However, the role of physiotherapy in this context
is not well described in the literature, because the articles do not detail the protocols used in the rehabilitation of post-intervention treatments for bone
marrow patients; they only cite Physiotherapy in its realization and its importance for a better recovery of these patients. Encouraging research in this area
is needed. (AU)