J. Health Biol. Sci. (Online); 5 (2), 2017
Publication year: 2017
Introdução:
A mortalidade infantil é um importante indicador de saúde e desenvolvimento dos municípios, revelando importantes aspectos da organização
da assistência à saúde. Objetivo:
Descrever as características dos óbitos infantis em um munícipio de médio porte da região Nordeste do Brasil. Métodos:
Estudo epidemiológico, descritivo, utilizando dados da Declaração de Óbito de crianças com idade de 0 a 364 dias, classificados segundo os critérios de
evitabilidade, referentes ao município Jequié, Bahia, entre os anos 2007 a 2012. A análise estatística consistiu no cálculo de frequências absolutas e relativas.
Resultados:
Entre 2007 e 2012, foram notificados 286 óbitos infantis, dos quais 64,7% foram considerados evitáveis. Entre os 185 óbitos infantis evitáveis,
38,4% se caracterizavam como redutíveis por ações de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce. As caraterísticas relacionadas aos óbitos infantis
evidenciaram que, entre os óbitos, 53,6% nasceram com baixo peso, 42,1%, prematuros e 63,1% morreram no período neonatal precoce. Conclusões:
Os óbitos infantis, especialmente aqueles considerados evitáveis, ainda representam um grave problema de saúde pública. Nesse contexto, analisar os
óbitos, quanto aos critérios de evitabilidade, constituiu-se em um instrumento importante na avaliação da qualidade da atenção à saúde materno-infantil,
colaborando na elaboração de estratégias de políticas públicas específicas regionais. (AU)
Introduction:
Infant mortality is an important health and development indicator of municipalities, revealing important aspects of health care organizations.
Objective:
To describe the characteristics of infant deaths in a midsized municipality in the Northeast region of Brazil. Methods:
This is an epidemiological
descriptive study, which has made use of data from death certificates of children aged 0-364 days, selected according to the preventability criteria for the
city of Jequié, Bahia, between the years 2007-2012. Statistical analysis included the calculation of absolute and relative frequencies. Results:
Between
2007 and 2012, 286 infant deaths were reported, of which 64.7% were considered preventable. Among the 185 preventable child deaths, 38.4% were
characterized as reducible by prevention, early diagnosis and treatment. The features related to infant deaths showed that among the deaths, 53.6% had
been born with low birth weight; preterm 42.1% and 63.1% died in the early neonatal period. Conclusion:
Infant deaths, especially those considered
preventable, still represent a serious public health problem. In this context, the analysis of the deaths, as to the preventability criteria, constituted an
important tool in assessing the quality of care for maternal and child health, collaborating in the development of regional specific public policy strategies. (AU)