Prevalência e fatores associados às anomalias congênitas em recém-nascidos
Prevalence and associated factors of congenital abnormalities in newborns
Prevalencia y factores asociados con las anomalías congénitas de recién-nacidos

Rev. bras. promoç. saúde (Online); 30 (3), 2017
Publication year: 2017

Objetivo:

Descrever a prevalência e analisar os fatores associados às anomalias congênitas em recém-nascidos (RN).

Métodos:

Estudo transversal com base em 33.141 declarações de nascidos vivos (DNVs) de bebês cujas mães eram residentes em Salvador, Bahia, em 2014. Inicialmente foi realizada uma análise descritiva, seguida de análise bivariada da associação entre anomalias congênitas e características maternas, gestacionais e dos RN, com estimação de razão de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Após a análise bivariada, procedeu-se a análise de regressão logística multivariada.

Resultados:

A prevalência de anomalias congênitas foi 1,0%, sendo as principais causas condições ligadas ao sistema osteomioarticular (52,1%). A análise multivariada evidenciou maior prevalência de anomalias em recém-nascidos do sexo masculino (RP=1,40; IC95%:1,12-1,74), com baixo peso ao nascer (RP=2,34; IC95%:1,77 - 3,08) e escore de Apgar insatisfatório ao quinto minuto (RP=3,34; IC95%: 2,30 – 4,82), cujas mães tinham menos de 18 anos ou mais de 35 anos (RP=1,69; IC95%: 1,17-2,43) e realizaram parto cesárea (RP=1,46; IC95%:1,17-1,83).

Conclusão:

Encontrou-se baixa prevalência de malformações congênitas, sendo esse desfecho associado às mães em extremo de idade e quadro clínico adverso ao nascimento, como baixo peso e Apgar insatisfatório.

Objective:

To describe the prevalence and analyze the associated factors of congenital abnormalities in newborns (NBs).

Methods:

Cross-sectional study based on 33,141 Live Birth Certificates (LBCs) of babies whose mothers were living in Salvador, Bahia, in 2014. A descriptive analysis was initially performed, followed by bivariate analysis of the association between congenital abnormalities and maternal, pregnancy, and newborns characteristics, with estimation of prevalence ratio (PR) and 95% confidence intervals (95% CI). After the bivariate analysis, the multivariate logistic regression was performed.

Results:

The prevalence of congenital abnormalities was 1.0%, and the leading causes were conditions related to the musculoskeletal system (52.1%). The multivariate analysis evidenced higher prevalence of abnormalities in male newborns (PR=1.40; 95%CI: 1.12-1.74), with low birth weight (PR=2.34; 95% CI: 1.77-3.08) and unsatisfactory five-minute Apgar score (PR=3.34; 95%CI: 2.30-4.82), whose mothers were under 18 or over 35 years of age (PR=1.69; 95%CI: 1.17-2.43) and underwent cesarean delivery (PR=1.46; 95%CI: 1.17-1.83).

Conclusion:

A low prevalence of congenital abnormalities was found, and this outcome was associated with mothers at an extreme age and adverse clinical condition at birth, such as low weight and unsatisfactory Apgar score.

Objetivo:

Describir la prevalencia y analizar los factores asociados con las anomalías congénitas de recién-nacidos (RN).

Métodos:

Estudio transversal basado en 33.141 declaraciones de nacidos vivos (DNVs) de bebés cuyas las madres vivían en Salvador de Bahía en 2014. A principio fue realizado un análisis descriptivo seguido de un análisis bivariado de la asociación entre las anomalías congénitas y las características de las madres, de las gestaciones y de los RN con la estimación de una razón de prevalencia (RP) e intervalos de confianza del 95% (IC95%). Después del análisis bivariado se dió el análisis de regresión logística multivariada.

Resultados:

La prevalencia de anomalías congénitas fue del 1,0%, teniendo como las principales causas las condiciones asociadas al sistema osteomioarticular (52,1%). El análisis multivariado evidenció mayor prevalencia de anomalías en recién-nacidos del sexo masculino (RP=1,40; IC95%:1,12-1,74), con bajo peso al nacer (RP=2,34; IC95%:1,77 - 3,08) y la puntuación del Apgar insatisfactoria en el quinto minuto (RP=3,34; IC95%: 2,30 – 4,82), cuyas madres tenían menos de 18 años o más de 35 años (RP=1,69; IC95%: 1,17-2,43) y que habían realizado el parto por cesárea (RP=1,46; IC95%:1,17-1,83).

Conclusión:

Se encontró baja prevalencia de mal formaciones congénitas que estuvo asociado a las madres con extrema edad y cuadro clínico adverso al nacimiento, bajo peso y el Apgar insatisfactorio.

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