Prevalência de hipertensão intracraniana e seguimento ambulatorial de pacientes com meningite aguda internados em UTI pediátrica
Prevalence of intracranial hypertension and outpatient clinics follow up of patients with acute meningitis at Pediatric Intensive Care Unit

Rev. AMRIGS; 48 (2), 2004
Publication year: 2004

Objetivo:

Este trabalho tem o objetivo de mostrar a prevalência de hipertensão intracraniana e o seguimento ambulatorial de pacientes com meningite bacteriana internados em UTI pediátrica.

Casuística e método:

Foram revisados os registros médicos dos pacientes que apresentaram quadro de meningite que necessitaram de internação na UTI Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) no período de janeiro de 1985 a junho de 2001. Além do diagnóstico de meningite e da ocorrência de hipertensão intracraniana (HIC), pesquisou-se também agente etiológico, sexo, cor, idade na época da internação, tempo de internação, tratamento e acompanhamento ambulatorial.

Resultados:

Houve uma prevalência de 15% de HIC nos 187 casos de meningite bacteriana. Nos pacientes com HIC, o tempo de internação foi maior, assim como a freqüência de convulsões, de etiologia pneumocócica, lesão cerebral motora, glicorraquia diminuída e de proteinorraquia aumentada no líquor (p < 0,05).

Discussão:

Deve sempre haver uma forte suspeição clínica para a ocorrência de HIC nos casos de meningite, independente do seu agente etiológico ou mesmo quando houver dúvida quanto à natureza bacteriana da meningite. HIC por si só pode estar relacionada a comprometimento do parênquima cerebral bem como pode ser um marcador para forte reação inflamatória ocorrendo no SNC que pode levar a dano neurológico permanente (AU)

Objective:

We demonstrate the prevalence and ambulatorial follow up of patients in intensive care unity with acute bacterial meningitis (ABM) diagnosis with the appearing of intracranial hypertension (HIC).

Method:

medical papers from inpatients with acute bacterial meningitis at Pediatric Intensive Care Unit from Hospital de Clínicas de Porto Alegre from January 1985 to June 2001. The outcomes were prevalence of intracranial hypertension, ethiologic agent, sex, race, age of diagnosis, internation time, treatment and ambulatorial follow up.

Results:

there was 15% of HIC prevalence in the 187 cases of ABM. Internation time, seizures occurrence, pneumococal ethiology, cerebral motor injury, low levels of lichoric glucosis and protein from liquor were elevated in pacients with HIC in comparison to controls (p < 0,05).

Discussion:

occurrence of HIC must be suspected in the cases of ABM, independent of ethiologic agent. HIC per se migth be related to a cerebral parenchyma injury as well be a reliable inflamatory reaction marker (AU)

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