Arq. bras. oftalmol; 67 (2), 2004
Publication year: 2004
OBJETIVOS:
1) Identificar conhecimentos do pessoal de ensino anteriores ao treinamento da Campanha Olho no Olho. 2) Identificar percepção da qualidade do treinamento. 3) Identificar percepção sobre os benefícios e adesão à campanha. MÉTODOS:
Estudo analítico transversal. Escolas municipais de Curitiba-PR. Aplicação de questionário auto-aplicável. RESULTADOS:
Foram entrevistados 89 por cento dos participantes e destes apenas 13 por cento eram professores regentes. O treinamento global foi considerado bom por 85,9 por cento. Dos professores todos tinham mais de 10 anos de magistério. Os professores consideraram importante obter em futuro treinamento melhores orientações sobre como controlar o caso de aluno encaminhado que necessite de tratamento (59,3 por cento). Das crianças triadas, 94,2 por cento foram atendidas e 84,9 por cento dos óculos foram entregues. Dos alunos que tiveram pres-crição de óculos, 85,7 por cento obtiveram melhora do desempenho escolar. O agente de saúde (36,1 por cento) e o médico oftalmologista (29,7 por cento) foram citados como responsáveis pela triagem; apenas 0,9 por cento acham que a triagem compete ao professor. Cerca de 50,5 por cento dos pais apresentaram interesse pelas atividades da campanha, e a maior justificativa para abstenções foi impossibilidade de faltar ao trabalho (68,5 por cento) e desconhecimento da dificuldade visual do filho (50,0 por cento). CONCLUSÕES:
1) Os professores do estudo apresentavam conhecimento satisfatório sobre triagem visual. 2) O treinamento produzido pela Campanha Olho no Olho foi considerado bom, ressaltando-se a necessidade de incluir explicações adicionais. 3) Houve melhora do desempenho do educando, a adesão dos pais à Campanha foi boa e o número de crianças atendidas excelente.